Arquiteta e Urbanista. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisadora nas áreas de Arquitetura Industrial, Patrimônio Cultural Edificado e Preservação do Patrimônio Industrial.
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza - Brasil
Arquiteta e Urbanista. Pós-doutorado em Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (FAUSP). Professora Associada do Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Urbanismo e Design e do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC). É pesquisadora no projeto de pesquisa “(Re)Construção da Arquitetura Moderna em Fortaleza: Memória e Modelagem Digital” e membro do Atelier de Patrimônio cultural (APC) da UFC.
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza - Brasil
Professora Titular do Programa de Pós-Graduação de Sociologia. Pesquisadora do CNPQ e coordenadora do Laboratório das Artes e das Juventudes (LAJUS). É membro fundadora da Rede-Luso-Brasileira de Pesquisadores em Artes e Intervenções Urbanas (R.A.I.U.) e membro fundadora da Rede Todas as Artes, Todos os Nomes. É membro da Rede de Estudos sobre Experiências e Ações Juvenis (REAJ).
A discussão sobre patrimônio cultural envolve diversas abordagens que reforçam o lugar da arquitetura como objeto dotado de historicidade a ser preservado. Nesse artigo, entendemos que as experiências – ou ausência delas – entre sujeito e arquitetura podem contribuir tanto para a sua preservação quanto para o seu esquecimento. Nessa perspectiva, ensejamos uma reflexão sobre a percepção do edifício através dos sentidos humanos, pois acredita-se que esta etapa é fundamental no processo de reconhecimento e preservação de um lugar. Na direção oposta, entraves para essa relação podem acelerar processos de perda e estranhamento de determinados bens culturais. Para tratar desse tema, propõe-se realizar um diálogo entre áreas afins, como arquitetura e antropologia, com objetivo de pensar o edifício em toda a sua (i) materialidade. Em seguida, desdobra-se a discussão na análise de um antigo conjunto fabril localizado no nordeste brasileiro, na cidade de Fortaleza, Ceará. O conjunto é conhecido como Oficinas do Urubu e, assim como outras edificações industriais da cidade, parece invisível em meio a trama urbana, mesmo com suas proporções gigantescas. Essas estruturas, frequentemente isoladas do seu entorno por extensos muros, se tornam fragmentos desconectados das dinâmicas da cidade. Essa análise tem como objetivo identificar os impactos do distanciamento desses edifícios históricos apartados da sociedade. Observa-se a importância da percepção de uma arquitetura dos fenômenos urbanos que estabeleça um diálogo com os processos cotidianos que dão sentido às práticas de cidade. Aponta-se, assim, para a criação e ampliação das possibilidades de olhar, avaliar e interferir no patrimônio industrial.
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