Testemunho: uma breve reflexão sobre ética e estética na literatura judaica
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-3053.1.1.136-144Palavras-chave:
História, Shoah, MemóriaResumo
Sempre que a Shoah é evocada – tal qual a diáspora e a Inquisição, mas o Holocausto é o mais terrível e mais próximo – seja nas escolas, nas reuniões familiares e comunitárias, dizemos que devemos lembrar para que os fatos não se repitam, pois o esquecimento leva à repetição dos fatos. Se as catástrofes já aconteceram, resta lembrá-las para evitar o seu retorno, e devem-se honrar os que se foram com a afirmação do que aconteceu. A memória assemelha-se à justiça; o ato de Zakhor é escrever a história dos vencidos, destruídos, aniquilados pela marcha da história. Essa escrita, sendo responsável por um acerto de contas – pois é na escrita que a história se desenrola – assume o compromisso ético de lembrar para impedir novas catástrofes.
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