De Charlottenburg à Copacabana
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-3053.3.4.107-111Palavras-chave:
Crônica, Arquivo MaaraviResumo
Saio do escritório de meu pai com a convicção de que somente eu poderia entender sua lógica, suas catalogações obsessivas, somente eu poderia receber seus segredos. Pouco importa que cada um de meus irmãos possua convicções de afinidades exclusivas e igualmente intensas. Insisto na minha certeza: somente eu entendo seus esforços de ordenação e método, suas bizarrices, seu humor, suas chatices, e mesmo a capacidade sempre renovada de me magoar (com uma palavra, um suspiro, um olhar). Ele nem sabe, somente eu admiro a beleza de seu local de trabalho, aquela arquitetura da memória que vi construir-se, armar-se, expandir-se.
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