Medos e tensões mentais na relação com a memória sefardita no Portugal contemporâneo

Autores

  • Paulo Mendes Pinto Universidade Lusófona

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-3053.12.23.178-198

Palavras-chave:

Adagiário, Intolerância, Portugal

Resumo

Este artigo objetiva analisar uma tensão no campo do adagiário português. Como que num inconsciente colectivo, os ditados populares são uma marca do que se consolidou ao longo dos séculos como percepção e representação. “Trabalhar que nem um mouro” ou “fazer judiarias” são dois exemplos de como a cultura popular portuguesa consignou chaves de intolerância na memória colectiva.

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Biografia do Autor

Paulo Mendes Pinto, Universidade Lusófona

Embaixador do Parlamento Mundial das Religiões (2015-2018) e membro fundador da European Academy for Religions (2017). É Coordenador da área de Ciência das Religiões na Universidade Lusófona. Foi o Comissário da exposição "Heranças e Memórias Judaicas em Portugal" (Torre do Tombo, Abril de 2017).

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Publicado

2018-11-28

Como Citar

Pinto, P. M. (2018). Medos e tensões mentais na relação com a memória sefardita no Portugal contemporâneo. Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 12(23), 178–198. https://doi.org/10.17851/1982-3053.12.23.178-198