Bruno Schulz
guardião da cultura judaica em Ver: Amor, de David Grossman
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2024.56477Palavras-chave:
Bruno Schulz, David Grossman, Memória culturalResumo
Este artigo estuda a representação de Bruno Schulz como guardião da cultura judaica em Ver: Amor, de David Grossman. Por meio de uma análise literária e histórica, destaca-se como Schulz, um dos principais expoentes da literatura judaico-polonesa, tornou-se símbolo de resiliência cultural durante a Shoah. A partir da metáfora do “elo mais fraco" utilizada por Grossman, investiga-se como a fragilidade do escritor polonês é convertida em força literária, reafirmando o poder da arte como resistência. O artigo também discute a relação entre memória coletiva e identidade cultural, abordando a reescrita contemporânea de Schulz como uma homenagem à sua contribuição artística interrompida pela violência nazista. Em paralelo, analisa-se o impacto da produção literária de Grossman, cuja prosa reflexiva e intimista dialoga com temas como a preservação da cultura judaica, a memória da Shoah e a experiência humana diante da adversidade. Por fim, a comparação entre as abordagens artísticas e históricas de Schulz e Grossman evidencia a importância de suas obras na luta contra o esquecimento, consolidando-os como pilares da memória cultural e da literatura contemporânea.
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