Poética das ruínas e da memória
a leitura como sobrevivência
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2025.58402Palavras-chave:
George Didi-Huberman, Ruínas, Mem´óriaResumo
Este artigo investiga Esparsas: viagem aos papéis do gueto de Varsóvia, de Georges Didi-Huberman, buscando explorar a maneira como o autor utiliza os fragmentos de papéis encontrados no gueto de Varsóvia como uma forma de resistência e memória diante do Holocausto. A pesquisa destaca que os fragmentos, longe de representarem uma “falha”, servem, sobretudo, como uma forma de dar voz aos que foram silenciados, oferecendo, paradoxalmente, uma ressignificação do passado por meio da incompletude. Portanto, este estudo explora a complexidade desses elementos – fragmento, memória, resistência e ética – e como eles se entrelaçam para dar um novo sentido à leitura e à escrita no contexto da tragédia humana do gueto de Varsóvia. Para isso, fundamenta-se com base nas postulações teórico-críticas de Walter Benjamin (2020), Jacques Derrida (2001), Giorgio Agamben (2008).
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Referências
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