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  • CALL FOR PAPERS O Eixo e a Roda – v. 34, n.4 (oct. - dec. 2025) Dossier: Forms of the collective in modern and contemporary Brazilian literature

    2024-11-11

    CALL FOR PAPERS O Eixo e a Roda – v. 34, n.4 (oct. - dec. 2025) Dossier: Forms of the collective in modern and contemporary Brazilian literature

    Organizes:

    Rebeca Errázuriz-Cruz (Centro de Estudios Americanos, Universidad Adolfo Ibáñez)

    Fábio Roberto Lucas (PUC-SP)

    Jorge Manzi (Pontificia Universidad Católica de Chile)

    Deadline for submission of proposals: April 15th, 2025

    This dossier aims to constitute a broad field of reflection on the links between forms of the literary, the collective and the political in 20th and 21st century Brazilian literature, bringing together and contrasting two historical milestones, one modern and the other contemporary. To use an image from Antonio Candido in “A revolução de 30 e a cultura” (The revolution of the 1930s and culture), we would say that both the political and social reforms of the Estado Novo and the re-democratization that ushered in the New Republic in the 1980s constitute a kind of vortex of historical experiences, which in a spiral collects social, political and artistic dilemmas from previous decades in order to process them and “arrange them in a new configuration”. Between the construction of the modern state and Brazil's insertion into globalization, the industrial-developmentalist pacts and neoliberal currency without ballast, modern mass society on a national scale and contemporary social forms crossed by multiple scales (including that of the nation), this dossier seeks to interrogate the ways in which literary form interacts with these socio-political transformations, with an emphasis on the idea of collectivity.

    The dossier will focus on discussing the tensions and difficulties that have characterized the figuration of the collective in Brazilian literature from modernity to the present, difficulties that are already evident in the montages and in the strong heteroglossia of the modernism of 22 and its developments, reaching the unbridled and choral forms that, according to Flora Süssekind, broke out in the most ambitious literature of the New Republic. As if, returning to Rodrigo Naves' terms, the figuration of the collective in Brazilian literature always required dealing with the "difficulty of form", linked to the challenge of accounting for its heterogeneities, antagonisms and violences, and, at the same time, its utopian horizons and potentialities. This results in works that, in Süssekind's view, often “does not presuppose (...) a community, but, on the contrary, its ‘perpetual questioning’, ‘the perpetual working of its limits’”. The dossier will therefore welcome papers that offer new analyses, interpretations and perspectives to reflect on the complexity of figurating the collective in modern or contemporary Brazilian literature, considering procedures such as montage, collage, fragmentation, heteroglossia, choral forms, among others, whether in prose, poetry or theater. Papers with an intermedial orientation (literature and other arts) or a comparative orientation with other (non-Brazilian) literary traditions are also welcome.

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  • CHAMADA O Eixo e a Roda - v. 34, n. 2 (abr. - jun. 2025) Dossiê: O lugar do sujeito na poesia brasileira contemporânea

    2024-10-24

    Chamada O Eixo e a Roda – v. 34, n.2 (abril - junho de 2025)

    Dossiê: O lugar do sujeito na poesia brasileira contemporânea

    Organizadores:

    Paulo Benites (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
    Cristiano de Sales (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
    Prisca Agustoni (Universidade Federal de Juiz de Fora)
    Lucía Teninna (Universidad de Buenos Aires)

     

    Prazo para submissão: 1 de fevereiro de 2025

     

    O problema colocado em questão nesta chamada para a Revista O eixo e a Roda dialoga abertamente com uma preocupação teórica que vem ganhando cada vez mais atenção da crítica de poesia nessas primeiras duas décadas do Século XXI, qual seja, o lugar (a reproposição, em muitos sentidos) do sujeito lírico na produção poética. Esse é um tema caro à crítica de poesia que pode ser encontrado no bojo das reflexões em torno da necessidade de revisão da produção poética brasileira mais recentes, em especial aquela que vem sendo produzida no presente século. Com a expansão dos limites entre os tempos da lírica moderna e contemporânea é possível notar uma constante reconfiguração do sujeito lírico, marca instigante de uma das linhas de força mais significativas da poesia brasileira contemporânea.

    Desde a provocação de Jacques Rancière, em Políticas da escrita, que se pergunta se “não será necessária uma nova forma da experiência política para emancipar o sujeito lírico do velho quadro poético-político”, até discussões teóricas que vêm apontando para situações de configuração do lirismo como uma passagem para o outro, como uma forma de “alheamento”, como um “devir-paisagem” ou mesmo uma abertura para configurações de “saída de si”, o que se observa é um retorno significativo para o problema do lugar que o “eu” ocupa na produção poética do agora.

    Tomando esse campo aberto de debate, nosso objetivo é reunir trabalhos que explorem os mais diferentes modos de (re)configuração do sujeito na poesia brasileira produzida no Século XXI.  Serão acolhidos trabalhos que explorem o estudo das formas e procedimentos poéticos ligados ao fragmento, tais como a presença de colagens, montagens e recursos de citacionalidade; pesquisas que reflitam sobre as formas de impertinência da lírica e os processos de desconexão entre sujeito lírico e sujeito empírico, as crises do sujeito lírico, formas e expressão da linguagem poética; processos de constituição das outras subjetividades na poesia brasileira contemporânea, tais como as relações com as poéticas ameríndias, poesia e animalidade e as formas de etnopoesia.

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  • CHAMADA O Eixo e a Roda - v. 34, n. 3 (jul. - set. 2025) Dossiê: Territórios indivisíveis: Corpo, escrita e política no Brasil e na América hispânica

    2024-10-24

    CHAMADA O Eixo e a Roda - v. 34, n. 3 (jul. - set.2025)

    Dossiê: Territórios indivisíveis: Corpo, escrita e política no Brasil e na América hispânica

    Organizadores: 

    Ana Carolina Macena (Instituto Federal de São Paulo)
    Debora Duarte dos Santos (Universidade Estadual de Santa Cruz)
    Ellen Maria Vasconcellos (Universidade Nacional Autônoma do México)

    Prazo para submissão:  24 de fevereiro de 2025

     

    Jean-Luc Nancy propõe uma abordagem distinta para pensar a escrita quando afirma que escrever é um gesto que "toca no corpo, por essência". Nesta perspectiva, para além de sua dimensão simbólica, Nancy reconhece na escrita a sua materialidade ao concebê-la como uma extensão do corpo, em sua extremidade. A escrita seria, portanto, esse espaço limite de partilha onde se dá a inscrição do corpo-fora, permitindo que este seja tocado e possa tocar outros corpos, afetando-se e afetando-os mutuamente.

    Haja vista esta espécie de contiguidade entre corpo e escrita, que contempla também todo tipo de modulações performáticas, o objetivo deste dossiê é investigar como a escrita do corpo, em certas manifestações literárias — principalmente, brasileiras e hispano-americanas —, torna-se rota para pensar novos modos de existência e resistência, nos quais se afirma a materialidade de corpos escritos. Ao invés de reconhecer a vida exclusivamente por sua dimensão transcendental, separada de sua dimensão corpórea, buscam-se artigos que instigam a pensar a existência como uma densidade indivisível, em um contexto onde a vida coincide consigo mesma, com seu modo de ser imanente, isto é, com a materialidade dos corpos e das coisas que os cercam, que se tocam e se entrecruzam infinitamente (DELEUZE, GUATTARI).

    Nesse sentido, assim como Deleuze afirma que “os corpos não se definem por seu gênero ou sua espécie, por seus órgãos e suas funções, mas por aquilo que podem, pelos afetos dos quais são capazes, tanto na paixão quanto na ação”, interessam-nos para o diálogo que ora abrimos propostas que explorem a escrita e a arte como espaço de intersecção e implicação física, material, problematizando os dualismos que distanciam mente/corpo, humano/não humano, pessoa/coisa, na tentativa de forjar a noção de humano (ESPOSITO): corpos tecnológicos, corpos pós-orgânicos, corpos animalizados, corpos mutantes, corpos em atuação.

    São também bem-vindas propostas que investiguem modos de sobrevivência em meio à precariedade da vida, à catástrofe, aos fins e à violência à qual estes corpos estão expostos (BUTLER), discutindo dispositivos biopolíticos de reinvenção da vida e afirmação de outras subjetividades não-normativas ou controláveis, dignas de direitos: corpos enfermos, corpos precários, corpos disformes, corpos migrantes, corpos de gênero e sexualidade dissidentes, enfim, corpos marginalizados.

     

    Referências

    BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Tradução de Andreas Lieber. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

    DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Escuta, 1998.

    DELEUZE, Gilles. A Imanência: uma vida… Educação & Realidade, v. 27, n. 2, 2002, p. 10-18. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/31079. Acesso em: 4 out. 2024.

    DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Tradução de Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 1999. v. 3.

    DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. Tradução de Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 2008. v. 4.

    ESPOSITO, Roberto. Las personas y las cosas. Tradução de Federico Villegas. Buenos Aires: Katz Editores, 2016.

    ESPOSITO, Roberto. Imunidad, comunidad, biopolítica. Las Torres de Lucca. Madrid, v.1, Jul.- dic. 2012, p. 101-114.

    NANCY, Jean-Luc. Corpus. Tradução de Tomás Maia. Lisboa: Vega, 2000.

     

     

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