O que dizer da Paixão? A ampliação do sentido em G.H., de Lispector

Autores/as

  • Fernando Moreira Universidade de São Paulo (USP)
  • Julia Guimarães Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Paula Huven Universidade Federal de Minas Gerais
  • Flávia Moreira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Lívia Bacelete Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.3.223-238

Palabras clave:

Lispector, Peirce, semiótica, paixão, primeiridade

Resumen

Resumo: A partir de um mergulho na escrita esboçada, composta por fragmentos, em A Paixão Segundo G.H., discutimos, sob o ponto de vista da semiótica peirciana, a expansão de sentido em Lispector por meio do que ela mesma chamou de Travessia do Oposto. Ao tornar-se mais abstrata linguisticamente, a autora consegue atingir e descrever sensações de forma a tocar intimamente seu interlocutor. A base semiótica explica, teoricamente, as aproximações da escritora à qualidade dos objetos, colocando em protagonismo fenômenos densos e difíceis de serem descritos, por sua própria natureza, como é o caso do conceito de primeiridade, ligado à instância das sensações. Para isso, percorre-se o caminho de um simulacro do concreto ao abstrato, priorizando, assim, a expansão dimensional do que é passível de fazer sentido.

Palavras-chave: Lispector; Peirce; semiótica; paixão; primeiridade.

 

Biografía del autor/a

  • Fernando Moreira, Universidade de São Paulo (USP)

    Mestrando, com bolsa CNPq, em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB), MBA em Mercado Financeiro pela UBS (bolsa da B3 - antiga BMF / Bovespa). Jornalista pela PUC Minas. Trabalha com análise de textos sob a perspectiva semiótica. Possui ampla experiência na área de comunicação, tendo passado pelas principais redações de telejornalismo do país ao longo de 18 anos. Tem um livro e um conto publicados por editoras brasileiras.

  • Julia Guimarães, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    Pesquisadora, professora, crítica teatral e jornalista. Realizou Residência Pós-Doutoral em Artes Cênicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com bolsa CNPq. É Doutora em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (2017), com estágio de pesquisa (doutorado-sanduíche) na Universidad de Castilla-La Mancha, na Espanha, com bolsa FAPESP. Possui mestrado em Artes Cênicas pela Escola de Belas Artes da UFMG (2011), com bolsa CNPq. É graduada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2005) e possui curso técnico em Teatro pela Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes / MG (2003). Tem experiência na área de Comunicação e Teatro, com ênfase em Jornalismo Cultural.

  • Paula Huven, Universidade Federal de Minas Gerais

    Fotógrafa, artista e pesquisadora. Em 2017 iniciou o doutorado na Escola de Belas Artes da UFMG, onde pesquisa as experiências do tempo que a fotografia pode suscitar. Bolsista CAPES. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ (2012), bolsista CAPES, com formação livre pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage RJ (2008 - 2012). Tem experiência docente (2013 a 2017) nas universidades FUMEC, UNI BH, PUC MG e Escola Guignard. Dedicou-se ao fotojornalismo (2006 a 2014) trabalhando para diversos veículos da imprensa nacional, como Folha de S. Paulo, O Globo e O Tempo. Apresenta sua produção autoral desde 2005 em exposições coletivas e individuais, como no Palácio das Artes, Oi Futuro, Paço Imperial, Galeria AM , A Gentil Carioca e Museu de Arte do Rio. Em 2013 ganhou o Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais. Finalista em 2015 nos Prêmios Conrado Wessel e Photo Visa Russia, em 2017 no Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger. Publicou o livro Devastação (2015, edição da autora). 

  • Flávia Moreira, Universidade Federal de Minas Gerais

    Jornalista pela PUC Minas, com especialização Lato Sensu em Imagens e Culturas Midiáticas, pela UFMG. Tem vasta experiência em rádio e telejornalismo, além de ter atuado com comunicação empresarial. Trabalha há mais de 12 anos como locutora, apresentadora e na produção de programas da Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte. Trabalhou por quase 12 anos na Rede Minas de Televisão. É especializada na cobertura de temas culturais.

  • Lívia Bacelete, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    Jornalista, pela PUC Minas, com pós-graduação Lato Sensu em Elaboração, Gestão e Avaliação de Projetos Sociais em Áreas Urbanas, pela UFMG. Trabalhos voltados à assessoria de comunicação e de imprensa, coberturas jornalísticas multimídia, produção, revisão e edição de conteúdos para publicações impressas e digitais, execução deprojetos sociais, sistematização de experiências, formação e animação de redes de comunicação popular.

Referencias

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SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Editora Braziliense, 1983.

Publicado

2019-09-03