Sobre aquilo que não nos deixa
memória, afetos e gosto em Rachel de Queiroz
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.28.2.145-161Parole chiave:
literatura, comida, sertão, gosto, memóriaAbstract
Resumo: Este estudo discute a interpenetração dos temas literatura e comida presente no livro O Não me deixes: suas histórias e sua cozinha (2000), de Rachel de Queiroz, com vistas a demonstrar a relação entre comida, memória e gosto. O entrelaçamento desses temas permite pensar as práticas alimentares, os ingredientes, os modos de fazer e os que se alimentam, para além do campo da nutrição. Nesse sentido, a comida ganha um valor simbólico, uma espécie de compêndio, no qual estão depositados sabor/saberes e as identidades forjadas a partir dessa experiência. Como fundamentação teórica, este texto convoca os estudos: sobre o gosto, Giorgio Agamben (2015); sobre a relação entre memória e comida, Walter Benjamin (2011); e, no que concerne à transformação do alimento e sua passagem da natureza ao estado de cultura, Claude Lévi-Strauss (2004) e Michel Serres (2001).
Palavras-chave: literatura; comida; sertão; gosto; memória.
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