For a legal education methodology that values racial diversity, in and out of the classroom

Authors

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2018.2427

Keywords:

Teaching methodology, Legal education, Racial diversity, Affirmative actions

Abstract

This text aims to present a reflection about the methodology of Legal Education implemented in Brazil. It starts from the necessity to rethink the way in which Law is taught in higher education institutions, which have prioritized a vertical teacher-student relationship, built unilaterally and decontextualized. In addition to these elements, this methodology ignores the new subjects of law – black men and women, people from the popular classes and those who belong to indigenous communities – who claim access to and stay in higher education, which includes the Law courses. The methodological strategy adopted favors the literature review. In the end, one argues for the indispensability of a legal teaching methodology that values the racial diversity of the country and, for that, needs to congregate an anti-racist approach, which encompasses a complete epistemological and cognitive shift in some areas.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Poliana da Silva Ferreira, Fundação Getúlio Vargas (FGV), São Paulo, SP, Brasil.

Mestranda em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Criminologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e do Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena da FGV. Bolsista FAPESP 2017/00239-4. Graduada em Direito pela UNEB.

References

ABREU, Marcelo P.; LAGO, Luiz A. C. A economia brasileira no Império, 1822-1889. Rio de Janeiro: PUC-RIO, 2001. Disponível em: <http://www.economia.puc-rio.br/PDF/td584.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017.

ADORNO, Sergio.Os aprendizes do poder: bacharelismo liberal na política brasileira. São Paulo: Paz e Terra, 1988.

ALVAREZ, Marcos C. A criminologia no Brasil ou como tratar desigualmente os desiguais. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 45, n. 4, p. 677-704, 2002.

BAPTISTA, Bárbara L.; LIMA, Roberto K. de. Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico. Anuário Antropológico 2013, Brasília, v. 39, n. 1, p. 9-37, 2014.

BRASIL. Lei de 11 de agosto de 1827. Crêa dous Cursos de sciencias Juridicas e Sociaes, um na cidade de S. Paulo e outro na de Olinda. Chancellaria-mór do Imperio do Brazil. Rio de Janeiro, 1827. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM.-11-08-1827.htm>. Acesso em: 18 nov. 2017.

BRASIL. Portaria no 1.886, de 30 de dezembro de 1994. Fixa as diretrizes curriculares e o conteúdo mínimo do curso jurídico. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 1994. Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20100108-03.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017.

BRASIL. Resolução CNE/CES n° 9, de 29 de setembro de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Direito e dá outras providências. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces09_04.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017.

BRASIL. Lei no 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>. Acesso em: 18 nov. 2017.

CARNEIRO, Aparecida S. A construção do outro como Não-Ser como fundamento do Ser. São Paulo: FEUSP, 2005.

DAFLON, Verônica T.; FERES JÚNIOR, João; CAMPOS, Luiz A. Ações afirmativas raciais no ensino superior público brasileiro: um panorama analítico. Cadernos de Pesquisa, v. 43, n. 148, p. 302-327, jan./abr. 2013.

FALCÃO, Joaquim A. Cultura jurídica e democracia: a favor da democratização do Judiciário. In: LAMOUNIER, Bolivar et al. Direito, cidadania e participação. São Paulo: TA Queiroz, 1981.

FLAUZINA, Ana Luiza P.; FREITAS, Felipe S. Do paradoxal privilégio de ser vítima: terror de Estado e a negação do sofrimento negro no Brasil. RBCCrim – Revista IBCCRIM, v. 1, n. 135, p. 15-32, 2017.

GUIMARÃES, Antônio S. A. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, 1999.

GUIMARÃES, Antônio S. A. Entre o medo de fraudes e o fantasma das raças. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 11, n. 23, p. 215-217, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010: Características da população e dos domicílios – Resultados do universo. Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011.LAMY FILHO, Alfredo. A crise do ensino jurídico e a experiência do CEPED. Revista do Instituto dos Advogados Brasileiros, Rio de Janeiro, v. 6, n. 18, p. 151-164, 1972.

LEITE, Maria Cecília L.; DIAS, Renato D. Educação jurídica na contemporaneidade e imagens. In: SALES, J. A. M.; FARIAS, I. M. S. Didática e Prática de Ensino na relação com a Sociedade. Fortaleza: Eduece, 2014.

MARCHESE, Fabrizio. A crise do ensino jurídico no Brasil a as possíveis contribuições da educação geral. 2006. 259 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

MOREIRA, Adilson J. Miscigenando o círculo do poder: ações afirmativas, diversidade racial e sociedade democrática. Revista da Faculdade de Direitoda UFPR, Curitiba, v. 61, n. 2, p. 117-148, maio/ago. 2016.

MUSSE, Luciana B.; FREITAS FILHO, Roberto. Docência em Direito no Brasil: uma carreira profissional? Revista Jurídica da Presidência, Brasília, v. 17, n. 111, p. 173-203, fev./maio 2015.

MUNANGA, Kabengele. Políticas de ação afirmativa em benefício da população negra no Brasil: um ponto de vista em defesa de cotas. In: SILVÉRIO, V. R.; GONÇALVES e SILVA, B. (org.). Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a injustiça econômica.Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2003. p. 111-128.

NOBRE, Marcos. Apontamentos sobre a Pesquisa em Direito no Brasil. São Paulo: Cadernos Direito GV, 2013.OLIVEN, Ruben G. Brasil, uma modernidade tropical. Etnográfica, v. III, n. 2, p. 409-427, 1999.

PINTO, Paulo Gabriel Hilu da Rocha. Ação afirmativa, identidades e práticas acadêmicas: Uma etnografia das cotas para negros na UERJ. In: FERES JÚNIOR, João; ZONINSEIN, Jonas. Ação afirmativa e universidade:experiências nacionais comparadas. Brasília: Editora UnB, 2005. p. 136-166.

RODRIGUES, Horácio. A crise do ensino jurídico de graduação no Brasil contemporâneo: indo além do senso comum. Florianópolis: CPGD/UFSC, 1992. 397 p.

SANTOS, Jocélio Teles dos; QUEIROZ, Delcele Mascarenhas. Sistema de cotas: um debate dos dados à manutenção de privilégios e de poder. Educação e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 96 – Especial, p. 717-737, out. 2006.

SANTOS, Juarez C. A criminologia radical. Rio de Janeiro: Forense, 1981.

SCHUCMAN, Lia V. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. 160 f. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia da Universidade dde São Paulo, São Paulo, 2012.

SINHORETTO, Jacqueline; SILVESTRE, Giane; SCHLITTLER, Maria C. Desigualdade racial e segurança pública em São Paulo: letalidade policial e prisões em flagrante. São Paulo: UFSCAR, v. 2, 2014.

TEIXEIRA MENDES, Regina. Igualdade à brasileira: cidadania como instituto jurídico no Brasil. Revista de Ciências Criminais, n. 13, 2005.TEIXEIRA, Manuel. A habitação popular no século XIX – características morfológicas, a transmissão de modelos: as ilhas do Porto e os cortiços do Rio de Janeiro. Análise Social, v. XXIX, n. 127, p. 555-579, 1994.

VARGAS, Daniel. Jurista criativo. Cadernos FGV Direito Rio, Rio de Janeiro, v. 9, Educação e Direito, p. 83-104, 2014. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/12036/Cadernos%20FGV%20DIREITO%20RIO%20-%20Vol.%209.pdf;sequence=2>. Acesso em: 20 nov. 2017.

VARGAS, João C. A diáspora negra como genocídio: Brasil, Estados Unidos ou uma geografia supranacional da morte e suas alternativas. Revista da ABPN,v. 1, n. 2, p. 31-65, jul./out. 2010.

VARGAS, João C. Por uma Mudança de Paradigma: Antinegritude e Antagonismo Estrutural. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 48, n. 2, p. 83-105, jul./dez. 2017.

VIANNA, Francisco José de Oliveira. Instituições políticas brasileiras. Rio de Janeiro: Record, 1974.

VIEIRA, Oscar V. Desafios do ensino jurídico num mundo em transição: o projeto da Direito GV. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 261, p. 375-407, set./dez. 2012.

WAISELFISZ, Julio J. Mapa da violência 2016: homicídios por arma de fogo no Brasil. Brasília: Flacso Brasil, 2016.

Published

2018-12-10

How to Cite

FERREIRA, P. da S. For a legal education methodology that values racial diversity, in and out of the classroom. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 262–279, 2018. DOI: 10.35699/2237-5864.2018.2427. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/2427. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Article