Mobilização da família de crianças com câncer nos processos-chave de resiliência
Estudo longitudinal qualitativo
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v28i1.45169Palavras-chave:
Resiliência Psicológica, Família, Enfermagem Pediátrica, Neoplasias, Enfermagem OncológicaResumo
Objetivo: compreender a mobilização da família de crianças com câncer nos processos-chave de resiliência, por meio da participação em um programa de intervenção familiar. Métodos: realizou-se um estudo de caso qualitativo longitudinal envolvendo duas famílias de crianças com câncer, atendidas em uma clínica ampliada de pesquisa e intervenção familiar vinculada a uma Instituição de Ensino Superior, situada em um município da região centro-oeste do Brasil. O referencial teórico utilizado foi o modelo de resiliência, e, quanto ao aspecto metodológico, empregou-se a análise qualitativa de conteúdo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi estruturadas realizadas antes e após a intervenção das famílias no programa. Resultados: foram identificadas duas categorias principais que evidenciam a mobilização dos processos-chave de resiliência familiar: o fortalecimento da capacidade de enfrentamento e a melhoria nos processos de comunicação. Conclusão: as intervenções sistematizadas possuem o potencial de mobilizar processos-chave de resiliência, contribuindo para aliviar o sofrimento das famílias e melhorar sua autoconfiança frente aos desafios impostos. Destaca-se que, com as intervenções, as famílias conseguem mobilizar os processos-chave de resiliência, o que resulta na mitigação de seu sofrimento e no fortalecimento de sua autoconfiança para lidar com os desafios.
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