Prazer e sofrimento no trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva pediátrica
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v23i1.49813Palavras-chave:
Dor, Enfermagem Pediátrica, Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, Satisfação no EmpregoResumo
OBJETIVO: conhecer as situações geradoras de prazer e sofrimento no cotidiano laboral de trabalhadores de Enfermagem em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. MATERIAIS E MÉTODOS: estudo descritivo com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, com 15 trabalhadores de Enfermagem atuantes em unidade de terapia intensiva pediátrica entre setembro e outubro de 2016. Os dados foram analisados com base em análise de conteúdo temática, sob a ótica do referencial da psicodinâmica do trabalho. RESULTADOS: os participantes mencionaram que o trabalho no setor investigado é permeado tanto por situações geradoras de prazer como de sofrimento. A satisfação em desenvolver o cuidado, especialmente quando há êxito na recuperação da criança, torna o trabalho gratificante e prazeroso. No entanto, o trabalho também traz sofrimento associado à falta de recursos materiais e à vivência do óbito da criança, o qual é intensificado quando acompanham os familiares nesse processo, gerando sentimento de impotência e frustração. CONCLUSÃO: o trabalho em unidade de terapia intensiva pediátrica pode gerar prazer, quando o trabalhador se sente gratificado, e também sofrimento associado a sentimentos de impotência e frustração, ao vivenciarem o óbito da criança.
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