Estresse e estratégias de coping utilizadas por residentes de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20200066Palavras-chave:
Internato e Residência, Estresse Ocupacional, Estresse Psicológico, Educação em Enfermagem, Adaptação PsicológicaResumo
Objetivo: investigar o nível de estresse de residentes de Enfermagem em unidades hospitalares e as estratégias de coping adotadas. Método: estudo transversal, quantitativo, realizado com enfermeiros residentes com atuação em unidades hospitalares. A coleta de dados deu-se entre dezembro de 2018 e julho de 2019, aplicando-se questionário de caracterização sociodemográfica, instrumento de avaliação do estresse em estudantes de Enfermagem e instrumento de adaptação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus para o português. Para a análise estatística utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 23. Resultados: participaram desta pesquisa 88 residentes de oito áreas diferentes. Na análise do estresse 56% tinham menos estresse e 44% mais estresse. Teve associação com mais estresse a variável sexo (p-valor=0,001). Os residentes apresentaram mais estresse nos domínios comunicação profissional e formação profissional. As estratégias de coping mais empregadas foram as de reavaliação positiva, aceitação de responsabilidade e suporte social. Verificou-se significativa associação entre mais estresse e estratégias de coping de confronto (p-valor=0,002), afastamento (p-valor=0,001), autocontrole (p-valor=0,040) e fuga e esquiva (p=0,019), quando ajustadas por sexo. Conclusão: os residentes apresentaram mais estresse relacionado a comunicação profissional e formação profissional e houve associação entre mais estresse e as estratégias de coping de confronto, afastamento, autocontrole e fuga e esquiva, ajustadas por sexo. Os achados sinalizam a necessidade de atenção das instituições formadoras e instigam à reflexão sobre o contexto de vida, os cenários de inserção e as vivências dos residentes.
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