Avaliação da formação do técnico de enfermagem por enfermeiros da prática hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v19i4.50053Palavras-chave:
Educação em Enfermagem, Técnicos de Enfermagem/educação, Educação Profissionalizante, Competência Profissional, HospitaisResumo
OBJETIVO: este estudo analisou como enfermeiros da prática assistencial hospitalar avaliam a formação dos técnicos de enfermagem a partir dos referenciais curriculares nacionais. MÉTODO: pesquisa exploratória, transversal, com abordagem quantitativa. Participaram do estudo 42 enfermeiros assistenciais, 17 de um hospital privado e 25 de hospital público de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os participantes responderam a um questionário estruturado e Escala de Likert, entre dezembro de 2013 e março de 2014. RESULTADOS: para 73%, o perfil dos técnicos em enfermagem formados não atende às expectativas dos enfermeiros; 90% entendem que o processo de ensino-aprendizagem teórico-prático e os estágios devem ser modificados; para 68%, o comprometimento ético desse profissional é precário; 86% compreendem que a elaboração do projeto político-pedagógico deve ter a participação dos hospitais; os conteúdos de ensino para 75% devem ser revistos para a realidade atual dos hospitais; no quesito avaliação, 75% compreendem que deva ser mais rigorosa; 62% avaliam que é preciso qualificar melhor os professores e supervisores de estágio; e para 68% a carga horária dos estágios deve ser ampliada. A média de 34,5% compreende que as competências descritas nos referenciais estão satisfatórias, 45,9% acreditam serem precárias e 12,1% insuficientes. Concluiu-se que, na opinião dos participantes, o planejamento do curso, a articulação da teoria com a prática e a formação docente e do supervisor de estágio necessitam avançar para qualificar as competências do técnico de enfermagem para o cuidado de enfermagem nos hospitais.Downloads
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