Crenças e práticas parentais no cuidado domiciliar da criança nascida prematura
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20150064Palavras-chave:
Prematuro, Relações Pai-Filho, Relações Mãe-Filho, Saúde Materno-InfantilResumo
Objetivo: identificar as práticas e crenças parentais adotadas no cuidado à criança prematura no domicílio. Métodos: estudo observacional, de corte transversal realizado com 31 pais de crianças nascidas prematuras. Para a coleta de dados utilizaram-se dois instrumentos: a ficha da família e a "escala de crenças parentais e práticas de cuidado (E-CPPC)". A análise dos dados foi pautada na estatística descritiva e inferencial (coeficiente de correlação de Pearson). Resultados: identificou-se um modelo parental autônomo-relacional, caracterizado pela combinação do cuidado distal e proximal. Os principais padrões relacionais encontrados foram a superproteção, a dificuldade na realização do cuidado e na estimulação da criança. Conclusões: foram identificados estilos parentais importantes no contexto da prematuridade. Destacam-se a necessidade de acompanhamento sistematizado e intervenções promotoras da parentalidade positiva. Ressalta-se a necessidade de novos estudos em diferentes âmbitos para gerar conhecimentos que subsidiem políticas públicas com ênfase no seguimento domiciliar de prematuros e seus pais.
Downloads
Referências
1. World Health Organization. March of Dimes. The Partnership for Maternal Newborn and Child Health. Save the Children. Born too soon: the global action report on preterm birth. Geneva: WHO; 2012.
2. Silveira MF, Matijasevich A, Horta BL, Bettiol H, Barbieri MA, Silva AA, et al. Prevalência de nascimentos pré-termo por peso ao nascer: revisão sistemática. Rev Saúde Pública. 2013; 47(5): 992-1000.
3. Tronco CS. O cotidiano do ser-mãe-de-recém-nascido-prematuro diante da manutenção da lactação na UTI neonatal: possibilidades para enfermagem. Santa Maria – RS [tese]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2012.
4. Frota MA, Silva PFR, Moraes SR, Martins EMCS, Chaves EMC, Silva CAB. Alta hospitalar e o cuidado do recém-nascido prematuro no domicílio: vivência materna. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2013; 17(2):277-83.
5. Shermann LB, Brum EHM. Parentalidade no contexto do nascimento prétermo: a importância das intervenções pais-bebê. In: Piccinini CA, Alvarenga P. Maternidade e paternidade: a parentalidade em diferentes contextos. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2012. p. 35-59.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru manual técnico. 2ª ed. Brasília: MS; 2011.
7. Barroso RG, Machado C. Definições, dimensões e determinantes da parentalidade. Acta Psychol. 2010; 1(52): 211-29.
8. Zornig SAJ. Construção da parentalidade: da infância dos pais ao nascimento do filho. In: Piccinini CA, Alvarenga P. Maternidade e paternidade: a parentalidade em diferentes contextos. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2012. p.15-35.
9. Martins GDF, Macarini SM, Vieira ML, Moura MLS, Bussab VSR, Cruz RM. Construção e validação da Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC) na primeira infância. Psico-Usf. 2010; 15 (1): 23-34.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS/MS nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras para pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: MS; 2012.
11. Bandeira TTA, Seidl-de-Moura ML. Crenças de pais e mães sobre investimento parental. Paidéia. 2012; 22(53): 355-63.
12. Silveira KA, Enuno SRF. Riscos biopsicossociais para o desenvolvimento de crianças prematuras e com baixo peso. Paidéia. 2012; 22(53): 335-45.
13. Custodio ZAO, Crepaldi MA, Cruz RM. Desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo avaliado pelo teste de Denver-II: revisão da produção científica brasileira. Psicol Reflex Crit. 2012; 25(2): 400-6.
14. Macarini SM. Autonomia e interdependência: sistema de crenças parentais de mães residentes em pequenas cidades e capitais do Brasil [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2009.
15. Carmo PHB, Alvarenga P. Práticas educativas coercitivas de mães de diferentes níveis socioeconômicos. Estud Psicol. 2012; 17(2):191-7.
16. Silveira KA, Enuno SRF. Riscos biopsicossociais para o desenvolvimento de crianças prematuras e com baixo peso. Paidéia. 2012; 22(53):335-45.
17. Pedron CD. O cuidado leigo e profissional na prematuridade tardia: fatores culturais relacionados ao período pós-alta hospitalar [tese]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2013.
18. Fontoura FC, Fontenele FC, Cardoso MVLML, Sherlock MSM. Experiência de ser pai de recém-nascido prematuro internado em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Rene. 2011; 12(3): 518-25.
19. Martins GDF, Vieira ML, Seidl-de-Moura ML, Macarini SM. Crenças e práticas de cuidado entre mães residentes em capitais e pequenas cidades brasileiras. Psicol Reflex Crit. 2011; 24(4): 692-701.
20. Barreto MLS. Etnoteorias parentais: um estudo com mães de diferentes gerações e níveis sociais e econômicos [tese]. Salvador: Universidade Federal da Bahia; 2012.
21. Macarini SM, Martins GDF, Minetto MF, Vieira ML. Práticas parentais: uma revisão da literatura brasileira. Arq Bras Psicol. 2010; 62(1): 24-32.
22. Holditch-Davis. Desenvolvimento do sono e problemas de sono em bebês prematuros. Enciclopédia sobre desenvolvimento na primeira infância. 2012. [Citado 2014 jun. 19]. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/ Pages/PDF/Holditch-DavisPRTxp1.pdf
23. Custodio N, Abreu FCP, Marski BSL, Mello DF, Wernet M. Alta da unidade de cuidado intensivo neonatal e o cuidado em domicílio: revisão integrativa da literatura. REME - Rev Min Enferm. 2013; 17(4): 992-9.
24. Schmidt KT, Higarashi IH. Experiência materna no cuidado domiciliar ao recém-nascido prematuro. REME - Rev Min Enferm. 2012;16(3): 391-9.
25. Silva LS. A família e o recém-nascido pré-termo: desafios do cuidado domiciliar no Brasil [monografia]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2011.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.


































