Gerenciamento de risco: percepção de enfermeiros em dois hospitais do sul de Minas Gerais, Brasil

Autores

  • Cibele Leite Siqueira Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem , Programa de Pós Graduação; Poços de CaldasMG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil
  • Chayenne de Carvalho e Silva Poços de CaldasMG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil
  • Jamille Keila Neves Teles Poços de CaldasMG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil
  • Liliane Bauer Feldman São PauloSP, Centro Universitário São Camilo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v19i4.50059

Palavras-chave:

Gestão de Risco, Segurança do Paciente, Cuidados de Enfermagem, Assistência Hospitalar, Qualidade da Assistência à Saúde

Resumo

O gerenciamento de risco vem sendo utilizado pelas organizações de saúde como um processo investigativo e técnico-científico para alcançar a qualidade da prestação de serviços e a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde. Este estudo objetivou compreender a percepção dos enfermeiros acerca do gerenciamento de risco hospitalar e analisar as dificuldades e facilidades encontradas. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, de caráter exploratório, descritivo, com a participação de 29 enfermeiros assistenciais e gerenciais de dois hospitais de caráter privado e de grande porte localizado no interior de Minas Gerais. As entrevistas foram audiogravadas, utilizando-se roteiro semiestruturado. Os dados foram submetidos à técnica de análise de conteúdo, resultando em cinco categorias: deficiência na conceituação do gerenciamento de risco, gerenciamento de risco qualificando a assistência, necessidade de mudança de cultura para operacionalização do gerenciamento de risco, o gerenciamento de risco percebido como notificação e os recursos humanos influenciando no gerenciamento de risco. Os resultados mostraram que os enfermeiros relacionam o gerenciamento de risco como ferramenta de qualidade e segurança na assistência ao paciente. Constatou-se que, mesmo havendo a comunicação dos eventos adversos, muitas vezes há subnotificação por falta de tempo no preenchimento dos formulários, sobrecarga de trabalho, medo da represália e punição mediante o erro. A sensibilização da equipe, os programas de educação permanente e o apoio diretivo são estratégias sugeridas para avançar nos processos de trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução nº 63, de 25 de novembro de 2011.

Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os

Serviços de Saúde. Diário Oficial da União 25 nov 2011; Seção 1.B.

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui

ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras

providências. Diário Oficial da União 25 jul 2013; Seção 1.

Silva AEBC. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em

enfermagem. Rev Eletrônica Enferm. 2010; 12(3):422. [Citado em 2015 maio 15].

Disponível em: www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/11885/7815

Costa VT, Meirelles BHS, Erdmann AL. Melhores práticas do enfermeiro

gestor no gerenciamento de risco. Rev Latino-Am Enferm. 2013; 21(5):1-7.

[Citado em 2015 maio 15]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/

pt_0104-1169-rlae-21-05-1165.pdf

Roque KE, Melo ECP. Adaptação dos critérios de avaliação de eventos

adversos a medicamentos para uso em um hospital público no Estado do

Rio de Janeiro. Rev Bras Epidemiol. 2010; 13(4):607-19.

Torelly SEM, Santos HB. Eventos Adversos: por que temos que notificar?

Porto Alegre: Hospital das Clínicas; 2014.

D’Innocenzo M, Feldman LB, Fazenda NRR, Helito RAB, Ruthes RM.

Indicadores, auditorias, certificações: ferramentas de qualidade para gestão

em saúde. 2ª ed. São Paulo: Martinari; 2010. 208p.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.

ª ed. São Paulo: Hucitec; 2010. 407p.

Feldman LB. Gestão de risco e segurança hospitalar. 2ª ed. São Paulo:

Martinari; 2009. 392p.

Brasil. Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT. ISO NBR 31000 de

de novembro de 2009. Dispõe sobre Gestão de Riscos – Princípios e

Diretrizes. São Paulo: ABNT; 2009.

Oliveira RM, Leitão IMTA, Silva LMS, Figueiredo SV, Sampaio RL, Gondim

MM. Estratégias para promover segurança do paciente: da identificação dos

riscos às práticas baseadas em evidencias. Rio de Janeiro. Esc Anna Nery Rev

Enferm. 2014; 18(1):122-9.

Lima RPM, Melleiro MM. Percepção da Equipe Multidisciplinar acerca de

fatores intervenientes na ocorrência de eventos adversos em um Hospital

Universitário [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2011.

Leitão IMTA, Oliveira RM, Silva LMS, Figueiredo SV, Sampaio RL, Gondim

MM. Análise da comunicação de eventos adversos na perspectiva de

enfermeiros assistenciais. Rev Rene. 2013; 14(6):1073-83.

Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH). Manual de Indicadores

de Enfermagem NAGEH 2012. 2ª ed. São Paulo: APM/CREMESP; 2012. 60p.

Reis CT. A cultura de segurança do paciente em hospitais brasileiros. In: Anais

do Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde

- 2013. São Paulo: FGV; 2013.

Sanhudo NF, Moreira MC, Carvalho V. Tendências da produção do

conhecimento de enfermagem no controle de infecção em oncologia. Rev

Gaúcha Enferm. 2011; 32(2):402-10.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o

Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União

abr 2013; Seção 1.

Manzo BF, Ribeiro HCTC, Brito MJB, Alves M, Feldman LB. As implicações do

processo de acreditação para os pacientes na perspectiva de profissionais de

enfermagem. Enfermería Global. 2012; (25): 272-81.

Brasil. Qualidade e segurança: eventos adversos. Curitiba, PR: Centro

Integrado de Saúde Hospital Nossa Senhora das Graças; 2011.

Paiva MCMS, Popim RC, Melleiro MM, Tronchim DMR, Lima SAM, Juliani

CMCM. Motivos da equipe de enfermagem para a notificação de eventos

adversos. Rev Latino-Am Enferm. 2014; 22(5):747-54.

Brasil. Dimensionamento de pessoal. São Paulo, SP: Conselho Regional de

Enfermagem; 2010.

Ruiz PBO, Perroca MG, Jericó MC. Indicador de gestão de pessoas: análise

dos desligamentos e da taxa de rotatividade da equipe de enfermagem. Rev

Enferm UFPE. 2015; 9(2):643-50.

Novaretti MCZ, Santos EV, Quitério LM, Gallotti RMD. Sobrecarga de

trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes

internados em UTI. Rev Bras Enferm. 2014; 67(5):692-9.

Publicado

01-12-2015

Como Citar

1.
Siqueira CL, Silva C de C e, Teles JKN, Feldman LB. Gerenciamento de risco: percepção de enfermeiros em dois hospitais do sul de Minas Gerais, Brasil. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2015 [citado 10º de outubro de 2024];19(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50059

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.