Ética neopentecostal y espíritu de bolsonarismo
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2025.54517Palabras clave:
Neopentecostalismo, Bolsonarismo, Americanismo, IberismoResumen
Los 21 años de Dictadura Militar (1964-1985) transformaron profundamente a Brasil, conciliando modernización económica, asfixia política y desigualdad social. Promovieron una aceleración sin precedentes del capitalismo brasileño, seguida de una evidente complejización de su sociedad civil, logros queridos por el americanismo, a través de la actualización industrial y tecnológica de su iberismo histórico. Nuevos actores sociales entraron en escena, impulsados por logos de mercado y políticamente protegidos, dando forma y significado a las asociaciones civiles puestas en práctica en la sociedad brasileña a partir de entonces. Dieron vida y flujo a dos “Brasiles”, uno neopentecostal y otro bolsonarista, que hoy parecen converger en puntos cruciales de sus respectivos proyectos ético-políticos. Impulsada por la promoción de una cierta “guerra espiritual”, la difusión de su teología de la prosperidad, la liberalización de las aduanas y sus iglesias corporativas, la ética neopentecostal se muestra en gran medida anidada en el espíritu bolsonarista, que está en guerra permanente. contra los “impíos”, es decir, en incesante movilización contra la fantasiosa “amenaza comunista” (una estratagema históricamente exitosa en el país), exaltación de la libertad privada, defensa de un estridente moralismo y franca mercantilización de la violencia. El siguiente breve ensayo, en lugar de pretender presentar fórmulas definitivas o incluso agotar el tema, busca sobre todo ampliar la reflexión y el debate sobre un tema tan actual y caro para Brasil.
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