Nuevos y viejos antagonismos
la violencia política contra las mujeres y el rescate del agonismo en Chantal Mouffe
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2024.52357Palabras clave:
Violencia política contra las mujeres, Chantal Mouffe, Pluralismo, Democracia agonísticaResumen
¿Es posible pensar el incremento de la violencia política de género como síntoma de los límites presentados por el consenso racional, conforme señalado por los críticos de las teorías democráticas deliberativas? Partiendo de este problema de investigación, utilizaremos como marco teórico para este artículo una de las principales críticas: la teoría del pluralismo agonístico, desarrollada por la filósofa Chantal Mouffe y pautada en la necesidad del rescate del elemento del conflicto y de las pasiones en la esfera pública. Con esto, nuestro objetivo fue reflexionar sobre sus contribuciones al análisis de la creciente ola de violencia política dirigida a las mujeres en el contexto brasileño, en específico, y del resurgimiento de los antagonismos en un escenario político global marcado por la desdemocratización y la movilización de los afectos por movimientos de la extrema derecha. En un primer momento, trataremos sobre el vínculo visualizado entre el agotamiento del modelo liberal-democrático y las manifestaciones de violencia política contra las mujeres, sobre todo en Brasil. A continuación, presentaremos las bases de la contrapropuesta teórica de radicalización de la democracia presentada por Mouffe. Por último, discorrerreremos sobre el potencial de las bases de ese agonismo, sobre todo a partir de su legitimación del adversario como un presupuesto democrático, en colaborar con los esfuerzos para contener los antagonismos extremos que una y otra vez imperan en la política, así como indicar una dirección para la imaginación de nuevas alternativas y para la renovación del sistema democrático a través de su radicalización.
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