De la ceguera a la lucidez
pensar la democracia a partir de los ensayos de José Saramago
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2024.54512Palabras clave:
Democracia, Ciudadanía, José Saramago, Literatura, DerechoResumen
Este ensayo analiza las obras Ensaio sobre a cegueira (1995) y Ensaio sobre a lucidez (2004) de José Saramago, desde la intersección entre derecho y literatura, proponiendo reflexiones sobre la democracia y su representación en el imaginario jurídico y literario. En Ensaio sobre a cegueira, la ceguera blanca, alegoría de la anomía de la sociedad posmoderna, conduce al colapso de las instituciones frente a una crisis, resultando en una "suspensión democrática" que lleva a la represión y deshumanización. La obra propone una reflexión sobre el papel del derecho y las instituciones en la protección de la dignidad humana, destacando la responsabilidad ciudadana (de tener ojos) de la mujer del médico como fundamental para resistir la barbarie y restaurar la humanidad. En Ensaio sobre a lucidez, José Saramago critica el vaciamiento de la democracia formal, utilizando el voto en blanco como alegoría de protesta contra la desconexión entre el gobierno, que responde a la manifestación popular con una escalada autoritaria que culmina en un acto de terrorismo de estado, y los gobernados. La obra propone que la democracia debe ser un proceso continuo de vigilancia y participación activa de los ciudadanos, desafiando al lector a reflexionar sobre la responsabilidad política colectiva. Se concluye que las obras ofrecen elementos valiosos para la reflexión jurídica sobre la democracia, fomentando una praxis transformadora en busca de una ciudadanía democrática.
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