¿Apocalipsis sin revelación?

Profecía y crítica enMangabeira Unger

Autores/as

  • Philippe Oliveira de Almeida Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2021.35640

Palabras clave:

Roberto Mangabeira Unger, Critical Legal Studies, profetismo

Resumen

El objetivo de este artículo es debatir la relación entre visión profética y crítica de las ideologías en el pensamiento del filósofo brasileño Roberto Mangabeira Unger. Buscaremos demostrar como la promesa mesiánica estructura la obra de Unger y a diferencia de otros trabajos relacionados a los Critical Legal Studies (movimiento que él ayudó a fundar). La Modernidad secularizó la Teología de la Historia bíblico-cristiana, interpretando a sí misma como momento último de la trayectoria humana, en los cuadros de un panel escatológico. Así, el Apocalipsis se mantiene siempre presente en nuestro campo de visión – aunque, diversamente de las Historias de la Salvación de cuño religioso, nuestro Armagedón no sea sucedido por una utopía, un tiempo de perdón y reconciliación para los justos. Ora, si las ficciones distópicas y post-apocalípticas se configuran en las más completas traducciones del Zeitgeist, el utopismo milenarista de Unger (secularizado) se impone como un canon contra-hegemónico consistente. En un primer momento, trataremos del nihilismo que configura el capitalismo tardío, y que engendra “falsas necesidades” (en la terminología de Unger). Después, mostraremos como los Critical Legal Studies acabaron dejándose macular como una lógica antiutópica. Finalmente, discurriremos, tomando como referencia principal el libro The religion of future, sobre las visiones proféticas de/en Unger.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Philippe Oliveira de Almeida, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor de Filosofia do Direito na Faculdade Nacional de Direito – UFRJ, Brasil. Doutor em Direito pela UFMG, com estágio pós-doutoral na UFSC e na UFMG. Bacharel em Filosofia pela FAJE, e em Direito pela UFMG. Coordenador do grupo de pesquisa CERCO - Controle Estatal, Racismo e Colonialidade. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-2097-6823

Citas

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Raízes medievais do Estado moderno: a contribuição da Reforma Gregoriana. 2013, 200 f., enc. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. Filosofia como crítica das ideologias: o totalitarismo no embate entre Voegelin e Kelsen. Outramargem. Revista de filosofia, Belo Horizonte, n. 5, p. 171-188, 2º semestre de 2016.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. Crítica da razão antiutópica. São Paulo: Loyola, 2018.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. O neoliberalismo e a crise dos Critical Legal Studies. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p. 2229 a 2250, outubro a dezembro de 2018.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. A faculdade de Direito como oficina de utopias: um relato de experiência. Revista da Faculdade de Direito da UFMG, Belo Horizonte, n. 72, p. 481 a 511, janeiro a junho de 2018.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. Intersecções entre Direito, raça e deficiência: a proposta da DisCrit. BARBOSA-FOHRMANN, Ana Paula; MARTINS, Guilherme Magalhães (Org.). Pessoa com deficiência: estudos interdisciplinares. Indaiatuba: Editora Foco, 2020.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. O fim da história e as histórias do fim: direito e Estado no cinema distópico e pós-apocalíptico do século XXI. In: SALGADO, Karine (Org.). Para além das palavras: reflexões sobre arte, política e direito. Porto Alegre: Editora Fi, 2020.

ALMEIDA, Philippe Oliveira de. Do capitalismo tardio ao pós-modernismo: a influência de Mandel sobre Jameson. Temporal – prática e pensamento contemporâneos, Brasília, v. 2, n. 4, p. 4 a 19, fevereiro de 2020.

ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014.

ARAÚJO, Luana Adriano. Crits e crips: conectando estudos críticos de deficiência e estudos jurídicos críticos. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 1270 a 1315, 2021. Disponível em <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/59626/38098>, acessado em 28 de julho de 2021.

ARENDT, Hannah. O conceito de amor em Santo Agostinho. Tradução de Alberto P. Dinis. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.

ASIMOV, Isaac. Escolha a catástrofe. Tradução de Amarilis Eugênia Miazzi Pereira Lima. São Paulo: Círculo do Livro, 1979.

BALESTRA, Vinícius. Ainda o presidencialismo: um debate a partir do pensamento de Roberto Mangabeira Unger. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, 1390 a 1418, 2021. Disponível em < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/59625/38100>, acessado em 30 de julho de 2021.

BLOOM, Harold. La religion en los Estados Unidos: el surgimiento de la nacion poscristiana. Tradução de Maria Teresa Macias. México: Fondo de Cultura Econômica, 1994.

BLOOM, Harold, Presságios do milênio: anjos, sonhos e imortalidade. Tradução de Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

BURKE, Peter. A esperança tem história? Estudos avançados, São Paulo, v. 26, n. 75, maio – agosto de 2012.

CARVALHO Júnior, Pedro Lino de. Direito e imaginação institucional. Tese (Doutorado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Salvador, 230 p., 2017.

CHESTERTON, G. K. Ortodoxia. Tradução de Almiro Pisetta. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2007.

CUNHA, Paulo Ferreira da. Erasmo, Maquiavel e Moro e a Modernidade: estilos e projetos sociais na Filosofia Política renascentista. História: Revista da FLUP, Porto, IV série, v. 7, p. 120 a 136, 2017. Disponível em <https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/15867.pdf>, acessado em 20 de julho de 2021.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Tradução de Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.

DEKOVEN, Marianne. Utopia limited: the sixties and the emergence of the postmodern. Durham; London: Duke University Press, 2004.

DOMÍNGUEZ MORANO, Carlos. Crer depois de Freud. Tradução de Eduardo Dias Gontijo. São Paulo: Loyola, 2003.

FISHER, Mark. Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo? Tradução de Rodrigo Gonsalves, Jorge Adeodato e Maikel da Silveira. São Paulo: Autonomia Literária, 2020.

FRANZONI, Julia Ávila. Geografia jurídica tropicalista: a crítica do materialismo jurídicoespacial. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, p. 2923 a 2967, 2019.

FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. Tradução de Renato Zwick. Porto Alegre: L&PM, 2010.

GABEL, Peter. The Bank Teller and Other Essays on the Politics of Meaning. San Francisco: Acada Books, 2000.

GABEL, Peter. Critical Legal Studies as a spiritual practice. Pepperdine Law Review, Malibu, v. 36, nº. 5, p. 515 a 527, 2009.

GAUCHET, Marcel. Le désenchantement du monde: une histoire politique de la religion. Paris: Gallimard, 1985.

GORNI, Yosef et al. (Org.). Communal life: an internacional perspective. Tel-Aviv: Yad Tabenkin, 1987.

GOTANDA, Neil. Critical Legal Studies, Critical Race Theory and Asian American Studies. Amerasia Journal, v. 21, n. 1-2, p. 127 a 136, 1995.

HABERMAS, Jürgen. O futuro da natureza humana: a caminho de uma eugenia liberal? Tradução Karina Jannini. 2. ed. São Paulo: Marins Fontes, 2010.

HARRIS, Angela P. The Jurisprudence of Reconstruction. California Law Review, Berkeley, v. 84, n. 4, p. 741 a 786, julho de 1994.

HARRIS, Angela P. Compaixão e crítica. Tradução de Ana Luiza de Oliveira Pereira, Alba Fernanda Pinto de Medeiros, Mylla Cristina Henrique Bezerra Cardozo e Lucas do Couto Gurjão Macedo Lima. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 1473 a 1498, 2021. Disponível em <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/59786/38131>, acessado em 28 de julho de 2021.

HOLDERLIN; HEGEL; SCHELLING. O mais antigo programa de sistema do Idealismo Alemão. Tradução de Joãozinho Beckenkamp. Veritas, Porto Alegre, v. 48, n. 2, p. 211 a 237, junho de 2003.

HORTA, José Luiz Borges et. al. A era pós-ideologias e suas ameaças à política e ao Estado de Direito. Confluências, Niterói, v. 14, nº. 2, p. 120 a 133, dezembro de 2012.

JACOBY, Russell. Imagem imperfeita: pensamento utópico para uma época antiutópica. Tradução de Carolina de Melo Bomfim Araújo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

KELMAN, Mark G. Trashing. Stanford Law Review, Palo Alto, v. 36, nº. 1/2, p. 293 a 348, janeiro de 1984.

KING, Stephen. A Dança da Morte. Tradução de Gilson Soares. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

MARQUES, Victor Ximenes. Pandemia e antiguerra: da lógica da acumulação à lógica do cuidado. Voluntas: Revista de Filosofia, Santa Maria, v. 11, p. 1 a 11, julho de 2020. Disponível em <https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/44015/pdf>, acessado em 15 de agosto de 2020.

MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Tradução de Rubens Enderle e Leonardo de Deus. São Paulo: Boitempo, 2010.

MBEMBE, Achille. O direito universal à respiração. Tradução de Ana Luiza Braga. São Paulo: N-1 editora, 2020. Disponível em <https://pospsi.com.br/wp-content/uploads/2020/09/TEXTOS_20-achille-mbembe.pdf>, acessado em 20 de julho de 2021.

NIMAN, Michael I. People of the Rainbow: a nomadic utopia. Knoxville: The University of Tennessee Press, 1997.

PAGLIA, Camille. Break, blow, burn. New York: Vintage Books, 2006.

RATZINGER, Joseph. A infância de Jesus. Tradução de Bruno Bastos Lins. São Paulo: Planeta, 2012.

TEIXEIRA, Carlos Sávio Gomes. Rebeldia imaginada: instituições e alternativas no pensamento de Roberto Mangabeira Unger. São Paulo: Autonomia Literária, 2019.

TRINDADE, LázaroTeixeira. Utopia e Teologia da Libertação: a presença-ausência do paradigma utópico na RIBLA (1988-2000). Annales FAJE, Belo Horizonte, v. 5, n. 3, p. 49 a 61, 2020.

UNGER, Roberto Mangabeira. Conhecimento e política. Tradução de Edyla Mangabeira Unger. Rio de Janeiro: Forense, 1978.

UNGER, Roberto Mangabeira. O Direito na sociedade moderna: contribuição à crítica da teoria social. Tradução de Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

UNGER, Roberto Mangabeira. Paixão – Um ensaio sobre a personalidade. São Paulo: Boitempo, 1998

UNGER, Roberto Mangabeira. The religion of future. Cambridge: Harvard University Press, 2014.

UNGER, Mangabeira. O homem despertado: imaginação e esperança. Rio de Janeiro: Record, 2020.

VALDES, Francisco. Legal Reform and Social Justice: an Introduction to LatCrit Theory, Praxis and Community. Griffith Law Review, v. 14, n. 2, p. 148 a 173, 2005.

WEST, Cornel. Critical Legal Studies and a Liberal Critic, Yale Law Journal, n. 97, v. 5, pp. 757-771, 1988.

Publicado

16-08-2021 — Actualizado el 17-08-2021

Versiones

Cómo citar

ALMEIDA, P. O. de . ¿Apocalipsis sin revelación? Profecía y crítica enMangabeira Unger. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 1–21, 2021. DOI: 10.35699/2525-8036.2021.35640. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e35640. Acesso em: 16 ago. 2024.

Artículos más leídos del mismo autor/a