La gestión de los flujos migratorios por mar y el uso de medidas de externalización de fronteras

El caso S.S. y Otros contra Italia y la posibilidad de ampliación del concepto de jurisdicción

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2023.47856

Palabras clave:

Flujos migratorios por mar, Gestión migratoria, Externalización de fronteras, Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Jurisdicción

Resumen

La política de externalización de fronteras es muy utilizada en la gestión de las fronteras europeas. S.S. y Otros contra Italia, pendiente de sentencia en el Tribunal Europeo de Derechos Humanos (TEDH), es un caso emblemático, que puede cambiar la forma en que los Estados que aplican medidas de externalización fronteriza deben rendir cuentas. El objeto de este artículo es analizar la legalidad de la política de externalización de fronteras a la luz de los estándares jurídicos internacionales y europeos. Además, se investiga el impacto del citado caso como posible cambio de paradigma en cuanto a la interpretación del concepto de jurisdicción. La investigación utiliza el método inductivo, realizándose un análisis bibliográfico y documental. Se infirió que existen precedentes del TEDH que permiten flexibilizar el concepto de responsabilidad por el ejercicio extraterritorial de la jurisdicción, aun cuando el Estado no tenga una relación directa con las violaciones, pero tampoco actuó para prevenir o impedir las de que se produzcan infracciones, aun sabiendo su probabilidad.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Gabriel Braga Guimarães, Universidade Federal do Ceará

Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre e graduado em Direito pela UFC. Especialista em Direito Público pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto. Membro do Módulo de Pesquisa “Pobreza, Sustentabilidade e Direito Internacional” do Grupo de Estudos em Direito e Assuntos Internacionais (GEDAI) da UFC. Bolsista CAPES/BRASIL.

Ana Carolina Barbosa Pereira Matos, Centro Universitário Christus

Doutora em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Mestre em Ordem Jurídica Constitucional pela Universidade Federal do Ceará, com graduação em Direito e especialização em Direito Processual Civil, ambas pela Universidade de Fortaleza. Professora de Direito do Centro Universitário Christus. Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Christus. Orientadora da linha de pesquisa de Direito Europeu do Grupo de Estudos em Direito e Assuntos Internacionais - GEDAI da Universidade Federal do Ceará.

Citas

ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS (ACNUR). Acordos de readmissão, protecção em "terceiro país seguro" e políticas de asilo. 1994. Disponível em: http://www.cidadevirtual.pt/acnur/acn_lisboa/colect2/2o.html. Acesso em: 08 dez. 2022.

ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS (ACNUR). Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados. Geneva, 1951.

BRASIL. Declara a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, concluída em Montego Bay, Jamaica, em 10 de dezembro de 1982. Decreto Nº 1.530. Brasília, 22 jun. 1995.

CASAS-CORTES, Maribel; COBARRUBIAS, Sebastian; PICKLES, John. Riding Routes and Itinerant Borders: autonomy of migration and border externalization. Antipode, [S.L.], v. 47, n. 4, p. 894-914, 27 mar. 2015.

COMISSÃO EUROPEIA. Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões sobre um novo Pacto em matéria de Migração e Asilo. Bruxelas, 2020, COM (2020) 609 final.

COUR EUROPÉENNE DES DROITS DE L'HOMME (CourEDH). S.S. et autres contre l’Italie. Requête nº 21660/18. Introduite le 3 mai 2018. Communiquée le 26 juin 2019.

COURT OF JUSTICE OF THE EUROPEAN UNION (CJEU). Commission v Poland, Hungary and the Czech Republic. Judgment in Joined Cases C-715/17, C-718/17 and C-719/17. Press release nº 40/20. Luxembourg, 2 April 2020.

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Decisão (UE) 2015/1523 do Conselho, de 14 de setembro de 2015, que estabelece medidas provisórias a favor da Itália e da Grécia no domínio da proteção internacional. Bruxelas, 2015, OJ L 239, 15.9.2015, p. 146–156.

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Decisão (UE) 2015/1601 do Conselho, de 22 de setembro de 2015, que estabelece medidas provisórias no domínio da proteção internacional a favor da Itália e da Grécia. Bruxelas, 2015. OJ L 248, 24.9.2015, p. 80–94.

DAUVERGNE, Catherine. Making people illegal: what globalization means for migration and law. New York: Cambridge University Press, 2008.

EUROPEAN COMMISSION. European Union Maritime Security Strategy: responding together to global challenges - a guide for stakeholders. 2013. Disponível em: https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/02ab6cfa-b735-4b56-a6e1-587e4b3e4882. Acesso em: 03 dez. 2022.

EUROPEAN COMMISSION. Communication from the Commission to the European Parliament, the Council, the European Economic and Social Committee and the Committee of the regions: a European Agenda on Migration. Brussels, 2015. COM (2015) 240 final.

EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS (ECHR). Case of Ilascu and Others v. Moldova and Russia. Application nº. 48787/99. Judgment (Merits and Just Satisfaction) on 08 July 2004.

EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS (ECHR). Case of Al-Skeini and Others v. The United Kingdom. Application nº 55721/07. Judgment (Merits and Just Satisfaction) on 07 July 2011.

EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS (ECHR). Case of Hirsi Jamaa and Others v. Italy. Application nº 27765/09. Judgment (Merits and Just Satisfaction) on 23 February 2012.

FERREIRA, Susana. Orgulho e preconceito: A resposta europeia à crise de refugiados. Relações Internacionais, Lisboa, n. 50, p. 87-107, jun. 2016.

FITZGERALD, David Scott. Remote control of migration: theorising territoriality, shared coercion, and deterrence. Journal Of Ethnic And Migration Studies, [S.L.], v. 46, n. 1, p. 4-22, 17 out. 2019.

GUIMARÃES, Gabriel Braga. A última fronteira europeia: os reflexos da migração pelo mar na atual conjuntura europeia. In: MONT'ALVERNE, Tarin Cristino Frota; MELO, Silvana Paula Martins de; QUEIROZ, Arthur Gustavo Saboya de; FREITAS, Nikaelly Lopes de; SILVA, Amon Elpídio da (org.). Perspectivas contemporâneas do direito internacional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2020, p. 473-491.

HUMANS RIGHTS WATCH. Libya: events of 2020. 2020. Disponível em: https://www.hrw.org/world-report/2021/country-chapters/libya. Acesso em: 10 dez. 2022.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION (IOM). International Migration Law: Glossary on Migration. Geneva: IOM, 2019, n. 34.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION (IOM). World Migration Report 2022. Geneva: IOM, 2021.

LEO, Andreina de. SS. and Others V. Italy: sharing responsibility for migrants' abuses in Libya. 2020. Public International Law & Policy Group (PILPG). Disponível em: https://www.publicinternationallawandpolicygroup.org/lawyering-justice-blog/2020/4/23/ss-and-others-v-italy-sharing-responsibility-for-migrants-abuses-in-libya. Acesso em: 02 dez. 2022.

MATOS, Ana Carolina Barbosa Pereira; MONT'ALVERNE, Tarin Cristino Frota. Políticas de externalização de fronteiras: uma análise sob a perspectiva do direito internacional dos refugiados e da diretiva europeia sobre procedimentos comuns para a concessão e a revogação de proteção. In: FERRAZ, Daniel Amin; DIZ, Jamile Bergamaschine Mata; LASMAR, Jorge Mascarenhas (org.). Política exterior, segurança e estratégia global. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2019. p. 2-22.

MATOS, Ana Carolina Barbosa Pereira. Governança conflitiva das fronteiras marítimas, securitização e migração irregular. 2019. 350 f. Tese (doutorado em Direito), Programa de Pós-graduação em Direito, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2019.

MARQUES, Francisco. Migração: regulamento de dublin começa a abrir brechas na União Europeia. 2015. Euronews. Disponível em: https://pt.euronews.com/2015/09/10/migracao-regulamento-de-dublin-comeca-a-abrir-bechas-na-uniao-europeia. Acesso em: 07 dez. 2022.

MARQUES JÚNIOR, William Paiva; SILVA, Fernanda Cláudia Araújo da. A Transnacionalidade e os Direitos Humanos como elementos de resolução sobre o aspecto de provisoriedade ou definitividade do instituto do Refúgio. In: 5º Seminário Internacional “Democracia e Constitucionalismo: novos desafios na era da globalização”, 2017, Perúgia, Itália. Anais de Constitucionalismo, Transnacionalidade e Sustentabilidade. Itajaí, Santa Catarina: UNIVALI, 2017. v. 01. p. 295-313.

MORENO-LAX, Violeta. The Architecture of Functional Jurisdiction: Unpacking Contactless Control - On Public Powers, S.S. and Others v. Italy, and “The Operational Model”. German Law Journal, [S.L.], v. 21, n. 3, p. 385-416, abr. 2020.

MÜLLER, Patrick; SLOMINSKI, Peter. Breaking the legal link but not the law? The externalization of EU migration control through orchestration in the Central Mediterranean. Journal Of European Public Policy, [S.L.], v. 28, n. 6, p. 801-820, 24 abr. 2020.

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Paris, 1948.

PARLAMENTO EUROPEU E CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Diretiva 2013/32/UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 26 de junho de 2013 relativa a procedimentos comuns de concessão e retirada do estatuto de proteção internacional (reformulação). Bruxelas, 2013, OJ L 180, 29.6.2013, p. 60–95.

POMBO, María Dolores París. Externalización de las fronteras y bloqueo de los solicitantes de asilo en el norte de México. Remhu: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, [S.L.], v. 30, n. 64, p. 101-116, abr. 2022.

RAEYMAEKERS, Timothy. Introduction: Europe’s bleeding border and the Mediterranean as a relational space. ACME: An International Journal for Critical Geographies, [S.L.], v. 13, n. 2, p. 163-172, 2014.

REPUBBLICA ITALIANA. Memorandum d'intesa sulla cooperazione nel campo dello sviluppo, del contrasto all'immigrazione illegale, al traffico di esseri umani, al contrabbando e sul rafforzamento della sicurezza delle frontiere tra lo Stato della Libia e la Repubblica Italiana. 2017. Disponível em: https://www.governo.it/sites/governo.it/files/Libia.pdf. Acesso em: 02 dez. 2022.

SECRETARY-GENERAL OF THE EUROPEAN COMMISSION. Annexe au Document de Travail des Services de la Commission. Étude sur les instruments de droit international pertinents en matière d'immigration clandestine par voie maritime. In: SECRETARY-GENERAL OF THE EUROPEAN COMMISSION. Study on the international law instruments in relation to illegal immigration by sea. SEC(2007) 691 final, 2007.

THE MARITIME SAFETY COMMITTEE. Organização Marítima Internacional. Guidelines on the treatment of persons rescued at sea. Resolution MSC.167(78), adopted on 20 May 2004. MSC 78/26/Add.2.

UNIÃO EUROPEIA. Política de asilo da União Europeia: país da União Europeia responsável pela análise dos pedidos. 2020. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=LEGISSUM%3A23010503_1. Acesso em: 07 dez. 2022.

VIEIRA DE PAULA, Bruna. O princípio do non-refoulement, sua natureza jus cogens e a proteção internacional dos refugiados. Revista do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, [S.L.], n. 7, p. 51-68, dez. 2006.

WIHTOL DE WENDEN, Catherine. As novas migrações. Sur - Revista Internacional de Direitos Humanos, v. 13, n. 23, p. 17-28, 2016.

ZANELLA, Tiago Vinicius. Curso de Direito do mar. Curitiba: Juruá, 2013.

Publicado

05-12-2023

Cómo citar

BRAGA GUIMARÃES, G.; BARBOSA PEREIRA MATOS, A. C. La gestión de los flujos migratorios por mar y el uso de medidas de externalización de fronteras: El caso S.S. y Otros contra Italia y la posibilidad de ampliación del concepto de jurisdicción. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 1–26, 2023. DOI: 10.35699/2525-8036.2023.47856. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e47856. Acesso em: 20 may. 2024.