Projeto DIVISA
ou a travessia como trabalho instaurador de modos de existência
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2023.45206Palavras-chave:
Projeto DIVISA, Rubiane Maia, Instauração, Divisa, Vida-obraResumo
Neste ensaio são estabelecidos alguns enlaces reflexivos junto ao Projeto DIVISA (2022), instalação online da artista Rubiane Maia, derivada de sua jornada pela região da divisa entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Busca-se, aqui, captar os modos de um fazer que culmina menos na criação de uma obra do que na afirmação da travessia como trabalho instaurador de modos de existência. Modos que permitam com que você se sinta atraída/e/o para se aproximar dessa experiência de Maia em (re)estabelecer uma relação de contato e fusão com esta faixa territorial de fronteira-limite, a fim de desvelar e ressignificar as numerosas camadas da sua história individual e social, que pairam neste “entre-terras”.
Referências
BARTHES, Roland. CY TWOMBLY ou NON MULTA SED MULTUM. In: BARTHES, Roland. O óbvio e o obtuso: ensaios críticos III. Tradução Léa Novaes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 143-160.
COCCIA, Emanuelle. A vida das plantas: uma metafísica da mistura. Tradução Fernando Scheibe. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018.
CORAZZA, Sandra Mara. Memorial de vidarbo: escrileitura biografemática. 2014. 506 f. Memorial acadêmico (Memorial apresentado à Promoção à Classe E de Professor Titular da Carreira do Magistério Superior) – Faculdade de Educação, Departamento de Ensino e Currículo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
DELEUZE, Gilles. Francis Bacon: lógica da sensação. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2007.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? Tradução Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 1992.
DOMINGUES, Leila. À flor da pele: subjetividade, clínica e cinema no contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2010.
DOMINGUES, Leila. Ensaios de subjetivação: ethopoética, cartografemas e ethografias. In: LEÃO, Adriana et al. (org.). Produção de subjetividade e institucionalismo: experimentações políticas e estéticas. Curitiba: Appris, 2017. p. 181-197.
FAVARETTO, Celso. Hélio Oiticica: invenção como instauração. Revista Limiar, Guarulhos, v. 5, n. 10, p. 128-137, 2018.
FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977.
hooks, bell. Belonging: a culture of place. New York: Routledge, 2009. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203888018
JACQUES, Renato. O trabalho de instauração sob a esfinge da obra a-ser-feita na floresta dos virtuais: uma introdução à filosofia de Étienne Souriau. Revista Gis, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 337-353, out. 2019. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.151822
LAPOUJADE, David. As existências mínimas. Tradução Hortencia Santos Lencastre. São Paulo: n-1 edições, 2017.
MACHADO, Adilbênia Freire. Ancestralidade e encantamento como inspirações formativas: filosofia africana mediando a história e cultura africana e afro-brasileira. 2014. 240 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014. DOI: https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v6n2p51-64
MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar. In: RAVETTI, Graciela; ARBEX, Márcia (org.). Performance, exílio, fronteiras: errâncias territoriais e textuais. Belo Horizonte: Departamento de Letras Românicas, Faculdade de Letras/UFMG, 2002. p. 69-91.
OITICICA, Hélio. Experimentar o experimental. In: NETO, Torquato; SALOMÃO, Waly (org.). Revista Navilouca. Edição única. Rio de Janeiro: Gernasa, 1974.
OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. 2005. 353 f. Tese (Doutorado em Educação) − Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005.
PEREC, Georges. Aproximações do quê? Tradução Rodrigo Silva Ielpo. ALEA – Estudos Neolatinos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 178-180, jan.-jun. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-106X2010000100014
PRECIOSA, Rosane. Rumores discretos da subjetividade: sujeito e escritura em processo. Porto Alegre: Sulina, 2010.
ROACH, Joseph. Culture and performance in the circum-Atlantic world. In: PARKER, Andrew; SEDGWICK, Eve. (ed). Performativity and performance. New York/London: Routledge, 1995.
SILVA, Rubiane Vanessa Maia da. Desvios, sobre arte e vida na contemporaneidade. 2011. 142 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Institucional) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional, Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2011.
SILVA, Rubiane Vanessa Maia da. [Entrevista cedida a] Lindomberto Ferreira Alves. Vitória/Londres, 09 de abr. 2020. In: ALVES, Lindomberto Ferreira Alves. Rubiane Maia: corpo em estado de performance. Vitória: SECULT/ES, 2021. p. 54.
SILVA, Rubiane Vanessa Maia da. A Divisa. In: ALVES, Lindomberto Ferreira; MAIA, Rubiane (org.). DIVISA: notas em rotas de travessias. Vitória: SECULT/ES, 2022a. E-book. p. 24-33.
SILVA, Rubiane Vanessa Maia da. Uma conversa. In: ALVES, Lindomberto Ferreira; MAIA, Rubiane (org.). DIVISA: notas em rotas de travessias. Vitória: SECULT/ES, 2022b. E-book. p. 46-79.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Encantamento: sobre política de vida. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2020.
SKLIAR, Carlos. Incluir as diferenças? Sobre um problema mal formulado e uma realidade insuportável. Revista Internacional Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 13- 28, fev.-mai. 2015. DOI: https://doi.org/10.12957/riae.2015.11724
SOURIAU, Étienne. L’Instauration philosophique. Paris: Presses Universitaires de France, 1939.
SOURIAU, Étienne. Les différents modes d’existence. Paris: Presses Universitaires de France, 1943.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lindomberto Ferreira Alves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.