Elisa Martins da Silveira
uma "primitiva" entre os concretos
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2023.45970Palavras-chave:
Elisa Martins da Silveira, Modernidade, Arte primitiva, Grupo FrenteResumo
O artigo investiga os primeiros anos de trabalho de Elisa Martins da Silveira (1912-2001). Sua produção, que naquela altura era identificada como arte “primitiva” ou “ingênua”, consegue em pouco tempo integrar o Grupo Frente (1954-1956), um dos primeiros compromissos estéticos vinculados a uma discussão sobre arte de vanguarda no país. O trabalho de Silveira foi rapidamente legitimado, institucionalizado e premiado. Mas, passados 68 anos da sua segunda premiação pela Bienal de São Paulo, quem conhece a obra de Silveira? Discutir o início de seu trabalho, quando estava envolvido na seara do que era moderno nos anos 1950, em um momento de profunda transformação institucional é uma chave deste artigo.
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