Peles e panos da cena
Performance Sulcos e a materialidade do grau zero do figurino
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.52671Palavras-chave:
Performance Sulcos, Grau zero do figurino, Rostidade, Máscara ExpandidaResumo
Ao problematizar estudos da produção de figurino para performance e pensar as matérias de sua criação, o presente artigo discute a criação do figurino como materialidade do corpo em performance, ou ainda, mais especificamente, a partir das matérias em fluxo que passam pelo corpo em performance. Para isso, o grau zero do figurino se desenha a partir da perspectiva semiológica de Roland Barthes e se desdobra, por meio do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, através do conceito de rostidade. Portanto, este estudo compreende o grau zero do figurino como uma dimensão ético-estética acerca dos movimentos e panos do corpo em performance, tal como uma máscara expandida,
compondo efeitos de superfície que se efetuam no corpo, demonstrados na série de performances nomeada Sulcos.
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