Estética e Filosofia Hori
inovação e cultura brasileira em busca de uma nova epistemologia descolonial para um mundo pós-pandêmico
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.52838Palavras-chave:
Estética Hori, Pandemia COVID-19, Inovação Cultural, Arte brasileira, descolonialismo antropofágicoResumo
O projeto “Arte e Inovação em Tempos de Pandemia” (AITP) surgiu em resposta à crise global da COVID-19, demonstrando a resiliência da comunidade acadêmica e artística brasileira. Este artigo investiga como a crise impulsionou inovações nas práticas artísticas e culturais do Brasil, reconfigurando a arte como meio de resistência e transformação social. Utilizando o descolonialismo antropofágico e a estética Hori, o presente estudo examina como essas práticas abordam as repercussões culturais e sociais da pandemia. O descolonialismo antropofágico, inspirado na antropofagia modernista de Oswald de Andrade, propõe a assimilação crítica de influências culturais externas para criar uma expressão cultural autenticamente brasileira. A estética Hori, baseada nas práticas indígenas amazônicas, redefine a arte como uma prática holística que interliga o espiritual, o comunitário e o ecológico. O AITP incorpora práticas artísticas que refletem esses conceitos, mostrando a capacidade da arte de responder a crises culturais e sociais.
Referências
ALBERT, Bruce. L’esprit de la forêt. Arles: Actes Sud; Paris: Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, 2003.
ANDRADE, Oswald de. Manifesto antropófago. Revista de Antropofagia, São Paulo, a. 1, n. 1, maio 1928.
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Giovanni Reale. São Paulo: Paulus, 2008.
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Tradução de Álvaro Cabral. 21. ed. São Paulo: Cultrix, 2017.
CATELLIN, Sylvie; LOTY, L.; REIS, Patrícia Carvalho. Tradução: Serendipidade e indisciplinaridade. Trans/Form/Ação, v. 47, n. 2, p. e0240021, 2024.
CATELLIN, Sylvie; LOTY, Laurent. Sérendipité: du conte au concept. Paris: Seuil, 2014.
CASTRO GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.
CRUTZEN, Paul. (2002). “Geology of Mankind.” Nature, v. 415, p. 23-23, 2002. Disponível em: https://www.nature.com/articles/415023a. Acesso em: 15 jan. 2024.
DANOWSKI, Deborah; CASTRO, Eduardo Viveiros de. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2014.
DANOWSKI, Deborah; CASTRO, Eduardo Viveiros de. Mil nomes de gaia: do antropoceno à idade da Terra. Porto Alegre: Cultura e Barbárie, 2014.
ESCOBAR, Arturo. Designs for the Pluriverse: Radical Interdependence, Autonomy, and the Making of Worlds. Durham: Duke University Press, 2018.
ESBELL, Jaider. Arte indígena contemporânea: arte e inovação em tempos de pandemia. In: WARD, Rodolfo (Org.). Cadernos do Ceam 37: arte e inovação em tempos de pandemia 2 – “Artes Visuais”. Brasília: Universidade de Brasília, 2022. P. 273-282.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1986.
HARAWAY, Donna. Pensamento tentacular: Antropoceno, Capitaloceno, Chthuluceno. 2017. Disponível em: https://www.academia.edu/44290451. Acesso em: 05 abr. 2024.
KLEIN, Naomi. (2014). “This Changes Everything: Capitalism vs. The Climate.” New York: Simon & Schuster, 2014. 566 pp. ISBN 978-1-4516-9738-4.
LANGDON, Esther Jean. Os sons da cura: música e xamanismo em uma perspectiva ameríndia. Florianópolis: Editora da UFSC, 1992.
LOTY, Laurent. L’invention du transformisme par Rétif de la Bretonne (1781 et 1796). Alliage, n. 70, p. 31-46, 2012.
MOORE, Jason W. Capitalism in the Web of Life: Ecology and the Accumulation of Capital. London: Verso, 2015.
NOLASCO, Edgar Cézar; BESSA-OLIVEIRA, Marcos Antônio. Teorização Descolonial: esboço para uma introdução. Cadernos de Estudos Culturais, Campo Grande, v. 1, n. 27, p. 27-36, jan./jun. 2022.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
POLLACK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 6, 1989.
OLIVEIRA, Raquel Cecília de. Experiências Descoloniais: estudos e práticas. Qual a diferença entre decolonial e pós-colonial? Belo Horizonte: UFMG, 2024. 1 vídeo (4 min e 22 seg). Publicado por: OLIVEIRA, Raquel Cecília de. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OFu6qVqeEXc. Acesso em: 04 abr. 2024.
SANTOS, Beatriz Werneck Lopes; MOREIRA, Daniel Carneiro; BORGES, Tatiana Karla dos Santos; CALDAS, Eloisa Dutra. Components of Banisteriopsis caapi, a Plant Used in the Preparation of the Psychoactive Ayahuasca, Induce Anti-Inflammatory Effects in Microglial Cells. Molecules, v. 27, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.3390/molecules27082500. Acesso em: 12 abr. 2024.
SANTOS, Laymert Garcia. Projeções da terra-floresta: o desenho-imagem yanomami. In: ANJOS, Moacir dos (Org.). Pertença – Cadernos SESC_Videobrasil 8. São Paulo: SESC, 2012-2013. Disponível em: https://www.laymert.com.br/yanomami. Acesso em: 18 abr. 2024. (sem paginação).
SIMONDON, Gilbert. Du mode d’existence des objets techniques. Paris: Aubier/Montaigne, 1969.
TUKANO, Daiara. As mirações de Daiara Tukano. Amazônia real, fev. 2023. Disponível em: https://amazoniareal.com.br/especiais/daiara-tukano/. Acesso em: 08 abr. 2024.
ULLOA, Astrid. A era do ser humano: vivemos no Capitaloceno? Goeth Institute, 2019. Disponível em: https://www.goethe.de/prj/hum/pt/dos/kos/21539326.html. Acesso em: 28 out. 2023.
VENTURELLI, Suzete. Arte computacional no contexto da pandemia. In: R. Ward (Ed.). Arte e inovação em tempos de pandemia. Brasília: Edições do Senado Federal, 2023. P. 81-90.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 1998.
WARD, Rodolfo. Cadernos do Ceam 37: arte e inovação em tempos de pandemia 2 – “Artes Visuais”. Brasília: Universidade de Brasília, 2022.
WARD, Rodolfo. Arte e inovação em tempos de pandemia. Brasília: Edições do Senado Federal. 2023.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rodolfo Ward
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.
| 
|
