Entre emancipação e mercantilização
a luta pela autenticidade na arte
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.57087Palavras-chave:
educação, emancipação, mercantilização, arteResumo
Este texto é parte da dissertação intitulada Teoria estética, infância e experiência formativa: por uma educação humanizadora de ensino de arte na educação infantil, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica CNPq/UEL. O foco principal é analisar os danos causados pela mercantilização da arte na indústria cultural e explorar como a arte genuína pode ajudar na emancipação dos sentidos. Baseando-se nas obras de Theodor Adorno, o texto defende que a arte é um espaço essencial para a liberdade, resistência e crítica social, permitindo um diálogo profundo sobre a condição humana e as complexidades sociais, longe da alienação promovida pela indústria cultural. O artigo em questão traz os resultados de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica sobre o papel e a natureza da arte diante dos ideais iluministas de esclarecimento. Traz para discussão a questão em torno da apropriação capitalista da arte e da função de entretenimento que ela assumiu. O tratamento dessa questão se deu por uma abordagem que caracterizou a sociedade administrada sob a égide da razão instrumental em busca de controle e lucro e, em um segundo momento, pela defesa do papel da arte como lugar de resistência e de criatividade perante a estandardização promovida pela indústria cultural. Esta articulação textual e argumentativa se destaca como essencial para sustentar a tese da arte como emancipação diante da mercantilização a que está submetida. A pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa fundamentada em um estudo bibliográfico sobre teoria estética e formação humana, destacando que a arte é central para a liberdade humana, capacitando o indivíduo a desenvolver uma visão crítica da realidade.
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