Entre emancipação e mercantilização

a luta pela autenticidade na arte

Autores

  • Elis Karen Rodrigues Onofre Pereira Universidade Estadual de Londrina
  • Eduardo Augusto Farias Universidade Estadual de Londrina
  • Marta Regina Furlan Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.57087

Palavras-chave:

educação, emancipação, mercantilização, arte

Resumo

Este texto é parte da dissertação intitulada Teoria estética, infância e experiência formativa: por uma educação humanizadora de ensino de arte na educação infantil, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica CNPq/UEL. O foco principal é analisar os danos causados pela mercantilização da arte na indústria cultural e explorar como a arte genuína pode ajudar na emancipação dos sentidos. Baseando-se nas obras de Theodor Adorno, o texto defende que a arte é um espaço essencial para a liberdade, resistência e crítica social, permitindo um diálogo profundo sobre a condição humana e as complexidades sociais, longe da alienação promovida pela indústria cultural. O artigo em questão traz os resultados de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica sobre o papel e a natureza da arte diante dos ideais iluministas de esclarecimento. Traz para discussão a questão em torno da apropriação capitalista da arte e da função de entretenimento que ela assumiu. O tratamento dessa questão se deu por uma abordagem que caracterizou a sociedade administrada sob a égide da razão instrumental em busca de controle e lucro e, em um segundo momento, pela defesa do papel da arte como lugar de resistência e de criatividade perante a estandardização promovida pela indústria cultural. Esta articulação textual e argumentativa se destaca como essencial para sustentar a tese da arte como emancipação diante da mercantilização a que está submetida. A pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa fundamentada em um estudo bibliográfico sobre teoria estética e formação humana, destacando que a arte é central para a liberdade humana, capacitando o indivíduo a desenvolver uma visão crítica da realidade.

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Biografia do Autor

  • Elis Karen Rodrigues Onofre Pereira, Universidade Estadual de Londrina

    Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Londrina – PR.  É membra do Grupo de Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica - GEPEITC- CNPq/ UEL e do Projeto Integrado em Pesquisa e Extensão CRITinfância: Formação de Professores para a Educação em Tempos de Travessias. E-mail: elis.pereira19@uel.br

  • Eduardo Augusto Farias, Universidade Estadual de Londrina

    Eduardo Augusto Farias. Eduardo Augusto Farias.  Social. Doutorando em Educação e Mestre em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina – PR. Autor de vários livros e artigos. Suas áreas de pesquisa e atuação são: Educação Inclusiva, Infância Negra, Maternidade Negra, Educação de Jovens e Adultos, com ênfase na Pessoa Idosa e Rede Intersetorial de Trabalho com Famílias. É membro do Grupo de Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica - GEPEITC- CNPq/ UEL e do Projeto Integrado em Pesquisa e Extensão CRITinfância: Formação de Professores para a Educação em Tempos de Travessias. E-mail: professoreduardofarias@gmail.com.

  • Marta Regina Furlan, Universidade Estadual de Londrina

    Marta Regina Furlan. Docente do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina. Possui Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá, Pós-Doutorado em Educação pela Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho e pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Líder do Grupo de Estudos e  em Educação, Infância e Teoria Crítica - GEPEITC - CNPq/UEL. Coordenadora do Projeto Integrado em Pesquisa e Extensão, intitulado de CRITinfância: Formação de Professores para a Educação da Infância em Tempos de Travessias. E-mail: mfurlan@uel.br.

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Publicado

2025-09-13

Edição

Seção

Artigos - Seção aberta

Como Citar

Entre emancipação e mercantilização: a luta pela autenticidade na arte. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 15, n. 34, p. 267–286, 2025. DOI: 10.35699/2238-2046.2025.57087. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/57087. Acesso em: 14 dez. 2025.