Greco e Minujín
nos primórdios da arte contemporânea argentina
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.58350Palavras-chave:
Alberto Greco, Marta Minujín, historiografia da arte, informalismoResumo
Este texto desenvolve o pareamento entre Viaje de pie en metro de Sol a Lavapiés, de Alberto Greco, e La Destrucción, de Marta Minujín, ambas de 1963. Essas ações marcaram uma rejeição à comercialização da arte e refletiram posturas experimentais e críticas frente à institucionalização das práticas artísticas. Elas podem ser mais bem compreendidas diante da “condição pendular” da arte latino-americana, entre influências internacionais e afirmações locais. Greco e Minujín não apenas dialogaram com as tendências hegemônicas da arte conceitual e informalista, mas as ressignificaram e desenvolveram linguagens próprias alinhadas às questões políticas, culturais e sociais do sul global. Através de diálogos bibliográficos, análise documental, descrição e comparativo entre os trabalhos e seus processos de realização, conclui-se que essas ações foram planejadas, em suas singularidades e convergências, e configuraram marcos fundamentais para o entendimento da arte contemporânea argentina, desafiaram narrativas centradas no norte geopolítico e ampliaram os horizontes da historiografia da arte latino-americana.
Downloads
Referências
AMARAL, Aracy. O modernismo brasileiro e o contexto cultural dos anos 20. Revista USP, São Paulo, n. 94, p. 9-18, ago. 2012. Disponível em: https://goo.gl/mgHzej. Acesso em: 10 set. 2017.
CAMNITZER, Luis. Didáctica de la liberación. Arte conceptualista latinoamericano. Murcia, España: CENDEAC, 2008.
CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas. Estrategias para entrar y salir de la modernidad. Ciudad de México: Grijalbo, 1990.
GÁRCIA, María Amalia; PACHECO, Marcelo E. (org.). Alberto Greco, ¡Qué grande sos! Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires: Museu de Arte Moderno de Buenos Aires, 2021. Disponível em: https://museomoderno.org/libros/alberto-greco-que-grande-sos/. Acesso em: 13 mar. 2025.
GIUNTA, Andrea. Historia oral e historia del Arte. El caso de “Arte Destructivo”. Estudios e investigaciones, n. 7, p. 77-96, 1997. Disponível em: http://dspace5.filo.uba.ar/handle/filodigital/16975. Acesso em: 28 nov. 2024.
GIUNTA, Andrea. Vanguardia internacionalismo y política en los años sesenta. Buenos Aires: Paidós, 2001.
GLUSBERG, Jorge. Arte de Sistemas II. CAYC al aire libre. Arte e ideologia. Buenos Aires: CAYC, 1972. Catálogo de exposição.
GRANDO, Angela; HIPÓLITO, Rodrigo. O sentido constelar na obra de Alberto Greco. Estudio, v. 11, p. 20-28, 2020. Disponível em: https://estudio.belasartes.ulisboa.pt/E_v11_iss32.pdf. Acesso em: 26 nov. 2024.
GUERRA, François-Xavier. Memórias em transformação. Revista eletrônica da ANPHLAC, n. 3, p. 4-25, 2003. Disponível em: http://www.anphlac.hpg.ig.com.br/revista3.htm. Acesso em: 15 set. 2017.
HERRERO-MATOSES, Fernando. Alberto Greco e Julio Cortázar: el juego y la trayectoria nómada de la vanguardia. In: LÓPEZ, Paula Barreiro; RODRÍGUEZ, Fabiola Martínez (org.). Modernidad y vanguardia: rutas de intercambio entre España y Latinoamérica (1920-1970). Madri: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, 2015. p. 107-120.
HIPÓLITO, Rodrigo; GRANDO, Angela. Alberto Greco: Intervencionista Informalista? In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 25., 2016, Santa Maria. Anais […]. Santa Maria, RS: ANPAP: UFRGS, 2016. v. 1, p. 678-692. Disponível em: https://notamanuscrita.com/2016/10/14/alberto-greco-intervencionista-informalista/. Acesso em: 19 nov. 2024.
HIPÓLITO, Rodrigo; PEDRONI, Fabiana. reativando estratégias poéticas: a experiência “RE-vivo dito” e o conjunto de épocas. In: SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO POÉTICAS DA CRIAÇÃO, 2014, Vitória. Intermeios, v. 1, p. 403-409, 2014.
LONGONI, Ana. Otros inicios del conceptualismo (argentino y latinoamericano). Papers d’Art, n. 93, p. 155-158, 2007. Disponível também em: https://arte-nuevo.blogspot.com/2007/05/otros-inicios-del-conceptualismo.html. Acesso em: 7 jul. 2025.
LÓPEZ ANAYA, Jorge. Vanguardia informalista: Buenos Aires 1957-1965: informalismo, arte destructivo, arte cosa. Buenos Aires: Sendrós, 2003.
MANRIQUE, Jorge Alberto. Invención del Arte Latinoamericano. ENCUENTRO IBEROAMERICANO DE CRÍTICOS DE ARTE Y ARTISTAS PLASTICOS OF CARACAS, 1., 1978, Caracas. Disponível em: https://icaa.mfah.org/s/es/item/815432. Acesso em: 22 jul. 2024.
MASOTTA, Oscar. Revolución en el Arte. Pop art, happenings y arte de los medios en la decada de sesenta. Buenos Aires: Edhasa, 2004.
MELAJ, María Fernanda. El Otro Greco. Alberto Greco (1931-1965). Disturbis, n. 4, Otoño 2008. Disponível em: http://www.disturbis.esteticauab.org/Disturbis234/Melaj.html. Acesso em: 19 nov. 2024.
MINUJÍN, Marta. Marta Minujín: happenings y performances. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Ministerio de Cultura del Gobierno de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2015.
MINUJÍN, Marta. Tres inviernos en París: Diarios íntimos, 1961-1963. Buenos Aires: Reservoir Narrativa, 2018.
MOHRMANN, Michaëla de Lacaze. Marta Minujín’s Destructive Intervention. ARTMargins, v. 9, n. 2, p. 61-84, 2020. DOI: https://doi.org/10.1162/artm_a_00263.
NOORTHOORN, Victoria. Marta Minujín. Obras 1959-1989. Buenos Aires: Fundación Eduardo F. Costantini, 2010.
NUNES, Ana Beatriz Mauá. Yo soy genial, pero nací en Argentina: gênero, nacionalidade e consagração na trajetória de Marta Minujín. Dimensões, v. 45, p. 192-225, dez. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/32904. Acesso em: 22 nov. 2024.
PALADINO, Luiza Mader. Conceitualismos em trânsito: intercâmbios artísticos entre Brasil e Argentina na década de 1970 – MAC USP e CAYC. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
PRADO, Luiz Fernando Silva. As identidades latino-americanas: itinerários metodológicos, história e historiografia. História Unisinos, v. 15, n. 1, p. 112-121, 2011.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, 2007. p. 93-126.
RAMÍREZ, Mari Carmen et al. Heterotopías. Medio siglo sin lugar: 1918-1968. Madrid: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, 2000. Catálogo.
RIVAS, Francisco. Alberto Greco. IVAM – Centro Julio González. Valencia: Artes Gráficas Vicent, 1991. Catálogo.
ROJAS, Carlos Antonio Aguirre. O “longo século XX” da historiografia latino-americana contemporânea: 1870-2025? Pontos de partida para uma reconstrução. In: ROJAS, Carlos Antonio Aguirre. América Latina: história e presente. Campinas: Papirus, 2004. p. 45-76.
SAAVEDRA, Carlos Rodríguez. Alternativas de la pintura latinoamericana actual. ENCUENTRO IBEROAMERICANO DE CRÍTICOS DE ARTE Y ARTISTAS PLASTICOS OF CARACAS. 1., 1978, Caracas. Disponível em: https://icaa.mfah.org/s/es/item/815687. Acesso em: 11 jun. 2024.
VARELA, María Paula. El nuevo espectador: experiencia y experiencias en el Instituto Torcuato Di Tella. Tesis (Maestría) – Universidad Nacional de San Martín, Buenos Aires, 2018. Disponível em: https://ri.unsam.edu.ar/handle/123456789/195. Acesso em: 28 nov. 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rodrigo Hipólito, Angela Grando

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.







