Forma Nítida e Sombra Esquiva - a poesia de Emílio Moura

Autores

  • Wander Melo Miranda Escola de Belas Artes/UFMG

Resumo

Este artigo se dispõe a percorrer o itinerário poético de Emílio Moura (1902-1971) para constatar que sua poesia é pouco ou nada semelhante a de seus colegas de geração. Pertencente ao grupo de A Revista, que lançou as bases do modernismo em Minas, o poeta de Ingenuidade (1931), seu livro de estréia, mantém-se alheio aos experimentalismos vanguardistas que traçam os rumos da poesia brasileira modernista. Diante da forma pensada com apuro e requinte, da emoção que se esquiva ao revelar-se, da dicção contida em versos curtos, que muitas vezes se espraiam na página para expressar uma subjetividade transbordante dos limites que lhe impõe o poeta, contata-se que, para Emílio Moura, o poema é uma interrogação incessante, levada ao extremo do que volta sempre sob novo diapasão, em busca de um sentido - inatingível - para a linguagem e o sujeito.

Biografia do Autor

  • Wander Melo Miranda, Escola de Belas Artes/UFMG

    Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974), mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (1979) e doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (1987). Coordenador do CA-LL do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 2007-2009), membro do CATC/CNPq (2008-2009), consultor ad hoc do CNPq, da CAPES, FAPEMIG, FAPESP, professor titular de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais, diretor da Editora UFMG, coordenador do projeto de pesquisa Acervo de Escritores Mineiros. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, literatura latinoamericana, literatura italiana, Graciliano Ramos, memória, modernidade e pós-modernidade, ficção contemporânea.

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Publicado

2012-11-30

Edição

Seção

Artigos - Seção temática

Como Citar

Forma Nítida e Sombra Esquiva - a poesia de Emílio Moura. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, p. 30–37, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15444. Acesso em: 19 dez. 2024.