Tio Vânia
Um Primeiro Aceno Indagador Para o Futuro Do Grupo Galpão
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046..15643Resumo
No transcurso dos últimos três anos, o Grupo Galpão investiu em espetáculos cujas linguagens e temáticas colocam em questão o imaginário fixado ao longo de seus 30 anos de trajetória. Ao representar uma companhia teatral que já não encontra lugar nem público num mundo hostil à sua poética, Os Gigantes da Montanha, a mais recente montagem, adere a um movimento de autoexame do próprio fazer teatral, cujo ponto inicial pode ser considerado o projeto Viagem a Tchékhov. Nesse contexto, este artigo detém-se na análise crítica de “Tio Vânia – Aos que vierem depois de nós” (2011), como momento em que o risco de autoquestionar-se, deslocando-se de uma suposta zona de conforto, é assumido internamente pelo grupo. Afetado pelos questionamentos identitários que o movimento de mudança provoca e pelas discussões sobre o futuro prementes na obra de Tchékhov, os atores do Galpão se lançaram à experimentação de um realismo psicológico inédito em seu repertório e, consequentemente, a uma construção delineada de personagens explorando recursos de atuação que não lhes eram familiares e, assim, abrindo veredas ignotas dentro de sua própria história enquanto coletivo teatral.Referências
WILLIAMS, Raymond. Tragédia Moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
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Publicado
2013-11-29
Edição
Seção
Artigos - Seção temática
Licença
Copyright (c) 2013 Luciana Eastwood Romagnolli

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Como Citar
Tio Vânia: Um Primeiro Aceno Indagador Para o Futuro Do Grupo Galpão. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, p. 134–140, 2013. DOI: 10.35699/2238-2046.15643. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15643. Acesso em: 11 mar. 2025.