Quando o autoritarismo entra em cena: o papel da IV Região Militar na repressão à UFMG em 1964
Palavras-chave:
Ditadura militar, repressão política, cultura política.Resumo
O presente artigo tem por objetivo mostrar como a partir do golpe de 31 de março de 1964, os militares exerceram enorme protagonismo nas ações repressivas contra as universidades brasileiras, analisando com maior ênfase a Universidade de Minas Gerais – atual UFMG –, na qual ocorreram duas intervenções militares: uma na Faculdade de Filosofia e a outra na Reitoria. Além disso, apontar outro ator político de extrema grandeza que sofreu com os ataques da Infantária Divisória-4: o movimento estudantil, que teve a sede do Diretória Central dos Estantes (DCE) destruída e, posteriormente, dissolvida, assim como os Diretórios Acadêmicos (DA) naquele conturbado ano.
Downloads
Referências
BERSTEIN, Serge. A cultura política. IN: RIOUX, Jean-Pierr & SIRINELLI, Jean-François. (org.) Para uma história cultural. Lisboa: Editora Estampa, 1998, p. 349- 363.
DREIFUSS, René. 1964. A conquista do Estado. Petrópolis: Vozes, 1981.
GARCIA, Miliandre. Do teatro militante à música engajada: a experiência do CPC da UNE. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007.
KUSCHNIR, Karina., CARNEIRO, Leandro Piquet. As dimensões subjetivas da política: cultura política e antropologia política. Estudos Históricos: Rio de Janeiro, v.13, nº13, 1999, p. 227-250.
MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento estudantil e ditadura militar (1964 – 1968). Papirus, Campinas, 1987.
MATTOS, André Luiz Rodrigues de Rossi. Uma história da UNE (1945-1964). Campinas: Pontes Editores, 2014.
MOTTA, Rodrigues Patto Sá. Operação Limpeza. In:__________. As universidades e o regime militar. Rio de Janerio: Zahar, 2014, p. 23-64.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Os olhos do regime militar brasileiro nos campi. As assessorias de segurança e informações das universidades. Topoi (Rio J.) [online]. 2008, vol.9, n.16, pp. 30-67.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Ruptura e continuidade na ditadura brasileira: a influência da cultura política. IN: ABREU, Luciano A. de; MOTTA, Rodrigo P.S. (org.) Autoritarismo e cultura política. Porto Alegre: FGV/Edicpucrs, 2013, p. 9-32.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Incômoda Memória: os arquivos das ASI universitárias. Acervo (Rio de Janeiro), v.16, p. 58.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. O Segundo Grande Surto Anticomunista: 1961-1964. IN: _________. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo : Perspectiva, 2002, p. 231-278.
MULLER, Angelica. O movimento estudantil na resistência à Ditadura Militar (1969-1979). Rio de Janeiro: Gramond/FAPERJ,2016.
MULLER, Angelica. Violações de direitos humanos na Universidade. IN: BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório Final: Volume II. 2014, p. 265-298.
NAPOLITANO, Marcos. O golpe de 1964 e o regime militar brasileiro. Apontamentos para uma revisão historiográfica. Historia y problemas del siglo XX. Vol. 2, Ano 2. 2011.
NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São. Paulo: Contexto, 2014.
PEREIRA, Ludimila Gama. O golpe civil-militar e a FNFi: a tentativa de controle da ''subversão universitária'' (1964-1969). In: _______. O historiador e o agente da História: os embates políticos travados no curso de História da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1959-1969). 2010. Dissertação (Mestrado em História) – Departamento de História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, p. 88-141.
PERREIRA, L.G. A ditadura empresarial militar na Universidade Federal Fluminense: a Assessoria de Segurança e Informações e a sistematização do controle, da censura e da repressão aos docentes nos anos 1970. In: Colóquio Internacional Marx e o Marxismo 2017, 2017, Niterói. Anais do Colóquio Internacional Marx e o Marxismo 2017, 2017.
VILLA, Marco Antonio. Ditadura à brasileira - 1964-1985: a democracia golpeada à esquerda e à direita. São Paulo: Leya, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O(A) autor(a), para fins de submissão à revista Temporalidades, deve declarar que o trabalho aqui submetido é de autoria do mesmo e nunca foi publicado em qualquer meio, seja ele impresso ou digital.
O(A) autor(a) também declara estar ciente das seguintes questões:
Os direitos autorais para artigos publicados na Temporalidades são do autor, com direitos de primeira publicação para o periódico;
Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito;
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público.
A Temporalidades adota a licença internacional Creative Commons 4.0 (CC BY).