Web 2.0 e as práticas de linguagem: novos gêneros?
DOI:
https://doi.org/10.17851/1983-3652.4.2.7-19Resumen
As práticas de linguagem na web 2.0 demandam gêneros discursivos próprios que precisam ser sistematizados para melhor compreensão e uso. Em função dessa compreensão, o presente trabalho relata uma análise preliminar de dados oriundos de um projeto PIBIC intitulado "Práticas de linguagens na web: links entre gêneros, letramentos, hipermodalidade e convergências de mídias (Etapa I)". Nesse projeto, o objetivo foi estudar as práticas discursivas digitais para compreender os gêneros e os eventos de letramentos que emergem dessas práticas. Metodologicamente, recorreremos à produção desenvolvida por pesquisadores vinculados ao grupo de pesquisa Hiperged, do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC, pois o nosso projeto faz um mapeamento das pesquisas feitas no referido grupo. Tais pesquisas correspondem à análise do fenômeno da intergenericidade no scrap do Orkut e da incorporação de características da hipertextualidade em transições de gêneros audiovisuais entre a web e a TV. A análise nos permite chegar à premissa de que a web e seu regime semiótico hipermodal influenciam sobremaneira as práticas de linguagem que ali se instauram. Tais resultados nos ajudam a colaborar com os estudos da linguagem na medida em que podem servir de base para o conhecimento e a compreensão dos fenômenos relativos às práticas de linguagens na web 2.0.
Descargas
Citas
ARAÚJO, J. C. Os chats: uma constelação de gêneros na internet. 2006. 341 f. Tese (Doutorado em
Linguística) – Programa de Pós-graduação em Linguística da UFC, Fortaleza, 2006.
AQUINO, M. C. Hipertexto 2.0, folksonomia e memória coletiva: um estudo das tags na
organização da web. 2007. Disponível em: <http://www.compos.org.br/seer/index.php/ecompos/
article/viewArticle/165> Acesso em 18/09/2010.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, [1929] 2006.
BUSH, V. As we may think. The atlantic monthly, vol. 176, v. 1, julho de 1945. Disponível em
<http://www.theatlantic.com/doc/194507/bush> Acesso em: 15 fev. 2011.
COSCARELLI, C. V. Entre textos e hipertextos. IN: COSCARELLI, C. V. (Org.). Novas
tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, p. 65-88.
COSTA, R. R. A TV na web: percursos da reelaboração de gêneros audiovisuais na era da
transmídia. Dissertação (Mestrado em Linguística). Fortaleza: Programa de Pós-Graduação em
Linguística da Universidade Federal do Ceará, 2010.
COSTA, R. R.; ARAÚJO, J. C. A reelaboração do gênero telenovela na migração entre suportes
audiovisuais. Anais do VII Congresso Internacional da Abralin. Curitiba, 2011, p. 3630-3644
FAIRCLOUGH, N. Análise crítica do discurso e a mercantilização do discurso público: as
universidades. Trad. de Célia Magalhães. In: MAGALHÃES, C. (Org.). Reflexão sobre a crítica do
discurso. Belo Horizonte: Faculdade de Letras, FALE, UFMG, 2001 p. 31-81.
GOMES, F. G. Hipertextos multimodais: o percurso de apropriação de uma modalidade com fins
pedagógicos. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada). Campinas: IEL/UNICAMP, 2007.
Kress, G. Multimodality – A social approach to contemporary communication. New York:
Routledge, 2010.
KRESS, G. VAN LEEUWEN, T. Reading images: the grammar of visual design. 2 ed. London;
New York: Longman [1996], 2006.
LIMA, J. P. E. de. Blog(ueiros): critérios para o estudo de comunidades discursivas globais e locais.
Dissertação (Mestrado em Linguística). Fortaleza: PPGL/UFC, 2008.
LIMA-NETO, V. de. Mesclas de gêneros no Orkut: o caso do scrap. 2009. 213 f. Dissertação
(Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC, Fortaleza, 2009.
LOBO-SOUSA, A. C. Hipertextualidade: convergências enunciativas em hipertextos. 2009. 151 f.
Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC,
Fortaleza, 2009.
LOBO-SOUSA, A. C.; ARAÚJO, J. C.; PINHEIRO, R. C. Letramentos que emergem dahipertextualidade. In: ARAÚJO, J. C.; DIEB, M. (Orgs.) Letramentos na web: gêneros, interação e
ensino. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
O´REILLY, T. What is Web 2.0: design patterns and business models for the next generation of
software. 2005. Disponível em: <http://www.elisanet.fi/aariset/Multi-media/Web2.0/What%20Is
%20Web%202>. Acesso em: 16 mai. 2008.
PRIMO, A.; RECUERO, R. da C. A terceira geração da hipertextualidade: cooperação e conflito
na escrita coletiva de hipertextos com links multidirecionais. Líbero (FACASPER), v. IX, p. 83-93,
RECUERO, R. Redes sociais na Internet. Porto Alegre, Sulina, 2010.
RIBEIRO, A. E. Os hipertextos que Cristo leu. In: ARAÚJO, J. C.; BIASI-RODRIGUES, B.
(Orgs.). Interação na Internet: novas formas de usar a linguagem. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p.
-130.
RIBEIRO, A. E. Hipertexto e Vannevar Bush: um exame de paternidade. In: Inf. & Soc.: Est., João
Pessoa, v. 18, n. 3, p. 45-58, set. dez 2008.
TÁVORA, A. D. F. Proposta de construção teórica para o conceito de suporte de gêneros. 2008.
f. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC,
Fortaleza, 2008.
ZAVAM, A. Por uma abordagem diacrônica dos gêneros do discurso à luz da concepção
tradição discursiva: um estudo com editoriais de jornal. 2009. 420 f. Tese (Doutorado em
Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFC, Fortaleza, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Este es un artículo de acceso abierto que permite su uso, distribución y reproducción sin restricciones en cualquier medio siempre que se cite correctamente el artículo original.