RELATO DE UMA VIVÊNCIA NA ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA NOVA ESPERANÇA DO MUNICÍPIO DE TAIOBEIRAS/MG

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2021.25315

Palavras-chave:

Educação do campo, Pedagogia da alternância, Vivência pedagógica

Resumo

Este trabalho teve como objetivo observar e vivenciar a rotina dos funcionários e jovens que estudam na Escola Família Agrícola Nova Esperança e entender a importância da mesma para suas vidas e para a região. É uma pesquisa de cunho qualitativo, utilizando para isto o método da observação participante, bem como análise documental e conversas informais com os sujeitos da pesquisa. Assim, iremos relatar um breve histórico do surgimento das EFAs no Brasil, em Minas Gerais e na região do Alto Rio Pardo. Em sequência, abordar sobre a pedagogia da alternância, metodologia utilizada pelas EFAs, que é uma forma de proporcionar aos jovens que vivem na zona rural uma educação de qualidade, valorizando os aspectos culturais, sociais, comunitários e políticos. Por fim, faremos um relato de uma vivência na EFA Nova Esperança, situada no município de Taiobeiras, microrregião do Alto Rio Pardo de Minas Gerais, onde destacaremos o apoio desta escola família agrícola para o desenvolvimento do conhecimento e habilidades desses alunos, contribuindo para que ao final do curso eles estejam capacitados e aptos a entrar tanto no mercado de trabalho, como também conscientes da importância de sua permanência em suas regiões, tornando-se assim referências e apoio para o crescimento e fortalecimento da agricultura familiar da região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karina Costa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Mestranda na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Possui graduação em Administração pela Universidade Norte do Paraná (2012). Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Trabalha no IFNMG - Campus Salinas desde 2010 como Técnico em Alimentos e Laticínios e desde 2015 atua como responsável técnico do Laboratório de Análise Sensorial.

Sandra Regina Gregório, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Professora Titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Nutricionista (USU). Doutora em Ciência de Alimentos (UNICAMP). Atua na graduação em Engenharia de Alimentos e Pós-Graduação em Educação Agrícola. Tem experiência na área de Ciência de Alimentos, com ênfase em química e bioquímica, análise sensorial e análise de alimentos. Principais Linhas de Pesquisa: Desenvolvimento e caracterização química e sensorial de produtos alimentar (que busca desenvolver produtos dentro dos princípios da tecnológicos de alimentos e relação entre o homem e o ambiente) e Construção de saberes na Educação Agrícola: conhecimento técnico e ciência (que busca produzir o conhecimento com bases na discussão técnica e cultural ancorada no conhecimento científico).Consultora ?ad hoc? de periódicos nacionais na área de alimentos e de programas de iniciação cientifica de outras Instituições Federais de Ensino Superior. Foi professora de graduação em Nutrição nos cursos das Universidades Santa Úrsula (1987-2000) e Gama Filho (1990-2002).

Referências

ANDRADE, Marcia Regina; DI PIERRO, Maria Clara. A construção de uma política de educação na reforma agrária. In: ANDRADE, Márcia Regina et AL. (Orgs.) E educação na reforma agrária em perspectiva: uma avaliação do Pronera. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: PRONERA, 2004. P. 19-35.

BEGNAMI, João Batista. Linha do tempo do Movimento CEFFA na França, Brasil e Minas Gerais. AMEFA: Belo Horizonte, 2018.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 96, p. 1-33, 20 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 11 maio 2020.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em: 14 maio 2020.

BRASIL. Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 18, p. 1-21, 22 nov. 2018. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622. Acesso em: 14 maio 2020.

BRASIL. Resultados e Resumos. Brasília: MEC, 2019. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/resultados-e-resumos. Acesso em: 14 maio 2020.

CALDART, Roseli Salete. A Escola do Campo em Movimento. In: ARROYO, Miguel Gonzales; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mônica Castagna. (Org.). Por Uma Educação do Campo. 5 ed. Petrópolis, Vozes, 2011.

FERNANDES, Florestan. (1997): A Força do Argumento. Org. João Roberto M. Filho, Editora da UFSCar, São Carlos.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

FREITAS, Gilmar Vieira. Formação em Pedagogia da Alternância: um estudo sobre os processos formativos implementados pela AMEFA junto aos monitores das EFAs do Médio Jequitinhonha-MG. 2015. 200 f 264. Dissertação do Mestrado Profissional em Educação do Campo, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa-BA, 2015.

FREITAS, Gilmar Vieira; SANTOS, Idalino Firmino dos. Juventude das Escolas Família Agrícola de Minas Gerais: desafios e possibilidades na perspectiva da inserção profissional. In: LEÃO, Geraldo; ANTUNES-ROCHA, Maria Isabel. (Orgs.). Juventudes do campo. Belo Horizonte, Autêntica, 2015.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio. In: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (Org.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo, 3ed. Cortez, 2012.

GIMONET, Jean-Claude. Praticar e compreender a pedagogia da alternância dos CEFFAs. Petrópolis, Vozes, 2007.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=264529. Acesso em: 10 jan. 2020.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O Perfil da Agroindústria Rural no Brasil. Uma análise com base nos dados do Censo Agropecuário 2006. Brasília, 2013.

JESUS, Janinha G. de. Formação dos professores na Pedagogia da Alternância: saberes e fazes do campo. Vitória: GM, 2011.

MEC. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Inep disponibiliza as Sinopses Estatísticas do Enem 2018. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/inep-disponibiliza-as-sinopses-estatisticas-do-enem-2018/21206. Acesso em 14 de maio de 2020.

MUSIAL, Gilvanice Barbosa da Silva. A emergência da escola rural em Minas Gerais (1892-1899): quando a distinção possibilita a exclusão. (Tese) Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Belo Horizonte, 2011.

PASSADOR, Cláudia Souza. A educação rural no Brasil: o caso da escola do campo do Paraná. São Paulo: Annablume, 2006.

PINHEIRO, Maria do Socorro Dias. A concepção de educação do campo no cenário das políticas públicas da sociedade brasileira. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos915/educacao-campo-politicas/educacao-campo-politicas2.shtml. Acesso em: 29 jan. 2021.

QUEIROZ, João Batista Pereira de. Construção das Escolas Famílias Agrícolas no Brasil: ensino médio e educação profissional. Tese apresentada ao Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília/UnB, Brasília, 2004.

QUEIROZ, João Batista Pereira de; SILVA, Lourdes Helena de. Formação em Alternância e desenvolvimento rural no Brasil: as contribuições das Escolas Famílias Agrícolas. Actas do III Congresso de Estudos Rurais (III CER), Faro, Universidade do Algarve, 1-3 Nov. 2007 - SPER / UAlg, Atas eletrônicas... Faro (Portugal): UAlg 2008, CD-ROM.

SANTOS, Fernanda Ferreira dos. O projeto político pedagógico da Escola Família Agrícola do Alto Rio Pardo Norte de Minas Gerais: um projeto de educação em disputa. (Dissertação) Mestrado profissional em Educação do Campo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Amargosa, 2017.

SOUZA, Erika Fernanda Pereira de. Escola família agrícola e reprodução social camponesa: Construindo caminhos de resistência. 2019. 166f. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019.

TEDESCO, J. C., SEMINOTTI, J. J., and rocha, h. j., ed. Movimentos e lutas sociais pela terra no sul do Brasil: questões contemporâneas. Chapecó: Editora UFFS, 2018, 422p.

UNEFAB. Revista da Formação por Alternância. Brasília: União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil. n. 4. jul. 2007.

UNEFAB. União das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil. Educação do Campo. Revista da Formação por Alternância, Brasília, n.11, 2011.

VIEIRA, Aremita Aparecida. Olhares Agroecológicos: Análise econômico-ecológica de agroecossistemas em sete territórios brasileiros. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ, 2017. 194 p. Disponível em: https://agroecologia.org.br/wp-content/uploads/2017/06/livro_OLHARES-AGROECOLOGICOS_web.pdf. Acesso em: 11 maio 2020.

WEFFORT, Francisco C. Educação e Política: reflexões sociológicas sobre uma pedagogia da Liberdade. In:FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.

Downloads

Publicado

2021-05-19

Como Citar

COSTA, K. .; GREGÓRIO, S. R. RELATO DE UMA VIVÊNCIA NA ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA NOVA ESPERANÇA DO MUNICÍPIO DE TAIOBEIRAS/MG. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 30, n. 1, p. 131–144, 2021. DOI: 10.35699/2238-037X.2021.25315. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/25315. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.