Editorial 26.3
Palavras-chave:
Editorial, Trabalho & Educação, Work & EducationResumo
Chegamos ao fim de 2017 e o consórcio jurídico-midiático-parlamentar continua, aprofundando o golpe perpetrado no ano passado. A impressão de que não parecia haver algum fundo do poço parece se confirmar na barbárie jurídica em que o país afunda, com tons de um fascismo à brasileira, refinado – o que surpreende, diante da mediocridade e das ações toscas –, na cobertura de castas que ocupam os postos de decisão e se protegem umas às outras e às favas tudo o mais. Bem entendido: “tudo o mais” significa as demais pessoas e o país de forma geral. Simples assim. Bem esclarecido: já não há mais quaisquer dúvidas diante de como se vestem – algumas togas, alguns microfones, muitos mandatos, vários cargos do sistema de justiça (!!??), de coturno –, ideológica e politicamente, e como agem. Com o acréscimo de um entreguismo mórbido, um câncer alimentado pelas empresas familiares de mídia e por quem deveria zelar por alguma decência na vida pública do país, que se diz “ministério” e se desfaz em ilações convictas que naturalizam o tom persecutório e sem provas a quem não deveriam condenar (muito menos julgar, embora quem julgue também condene, na mesma laia medíocre – mas deléteria – das ações). A ponta parlamentar, sabemos, apenas leva os recados e faz o trabalho sujo, mas bem remunerado. Enfim. Um país à deriva, no qual as “instituições” funcionam (!?).
Às portas do 2018, esta edição da Trabalho & Educação segue sem saber até quando...