Anúncios

  • CHAMADA PRORROGADA ALETRIA – v. 35, n.1 (jan. - mar. 2025) Dossiê: Textos e imagens: transparência e opacidade

    2024-06-11

    Esta edição da Aletria: Revista de Estudos Literários propõe acolher artigos que adotem uma abordagem multidisciplinar para a questão de como as imagens funcionam em relação à transparência e à opacidade, conceitos desenvolvidos pelos estudos da Intermidialidade. Como os deslocamentos, as apropriações e os hibridismos, a reciclagem e a reutilização constituem características distintas das imagens, seja a do cinema, da fotografia, da tela digital? Quais processos midiáticos podem ser considerados mais transparentes ou opacos? A própria natureza das imagens nos permite ir além da ideia de simples mediação?  Basta pensar no trabalho de escritores como W.G. Sebald, M. Duras, I. Calvino, A. Smith, D. DeLillo e P. Modiano, por exemplo, para ver como essas questões também podem ser levantadas na literatura. As propostas para esta edição devem "interrogar" a imagem por meio de estudos de caso e práticas artísticas e culturais (sem limitações cronológicas, epistemológicas ou discursivas), das artes visuais à literatura, da arquitetura ao cinema. Assim, para além da temática específica sobre a transparência e a opacidade, este dossiê temático propõe uma abordagem estética, histórica e mesmo política sobre as imagens, com base no princípio de que elas nunca são uma mera aparência e que são sempre uma reinterpretação.

    Algumas sugestões de referências bibliográficas:

    • ALLOA, Emmanuel (Org.). Pensar a imagem. Trad Marianna Poyares et all. Belo Horizonte: Autêntica Ed. 2015.
    • DIDI-HUBERMAN, Georges. Images malgré tout. Paris: Minuit, 2004.
    • RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2009.
    • MARINIELLO, Silvestra, « L’intermédiali té : un concept polymorphe », dans Isabel Rio Novo, Célia Vieira, Inter Média, Paris, L’Harmattan, 2011.

    Prazo para submissão de propostas: 10 de julho de 2024.

     

    Organizadores:

    Márcia Arbex (UFMG) Luciene Guimarães de Oliveira (UFSJ) Biagio D'Ângelo ( UnB) Rémy Besson ( Université de Montréal)

     

    Saiba mais sobre CHAMADA PRORROGADA ALETRIA – v. 35, n.1 (jan. - mar. 2025) Dossiê: Textos e imagens: transparência e opacidade
  • CHAMADA ALETRIA - v. 35, n. 3 (jul. - set. 2025) Dossiê: A comédia, da formação clássica à modernidade

    2024-06-05

    CHAMADA ALETRIA - v. 35, n. 3 (jul. - set. 2025) 

    Organizadores:

    Elen de Medeiros (UFMG), Rodrigo Alves Nascimento (UFBA)

    Prazo para submissão: 4 de dezembro de 2024 

     

    A comédia, da formação clássica à modernidade

     

    Gênero ao mesmo tempo subestimado e de difícil apreensão, a comédia passou e tem passado por transformações históricas em sua constituição poética. Se Aristóteles observou que a comédia trata da “mimese de homens inferiores” (p. 67), o trecho tem sido objeto de exegese em diversos estudos do gênero e muitos o tomaram como razão para um histórico rebaixamento do gênero. No entanto, Cleise Furtado Mendes (2008, p. 49) observa, em seu estudo sobre as formas da comédia, que “não se pode atribuir a Aristóteles a ‘origem’ do rebaixamento crítico de que foi vítima”. Afinal, na própria Poética, o filósofo reconhece: “As transformações da tragédia e os autores que a introduziram não foram ignorados, por outro, a origem da comédia, visto que nenhum interesse sério lhe foi inicialmente dedicado, permaneceu oculta” (p. 67). Fato é que, na teoria do drama, os estudos dedicados à comédia são escassos e irregulares, muito embora a produção dramatúrgica cômica seja profícua e sempre presente. Não à toa, no Brasil, muitos historiadores e críticos de teatro não hesitarão em dizer que, no século XIX, a comédia de costumes foi sem dúvidas o gênero que mais floresceu entre nós e teve papel decisivo na formação do que se chamou “dramaturgia nacional”.

    Por outro lado, as investigações acerca da comicidade e do riso não são menos complexas e talvez só nos últimos dois séculos se tornaram objeto de interesse de campos muito distintos, como a medicina, a antropologia, a história e a filosofia. De modo geral, ainda que muitos insistam na busca de regras universais, o que fica evidente é que a construção do cômico e os sentidos do riso não podem escapar à sua contextualização, tampouco à sua dimensão social.

    Nesse sentido, convidamos pesquisadores a pensar sobre as formas da comédia e do cômico em sua tradição e à luz das transformações modernas e contemporâneas. Isso porque o gênero, talvez até mais que a tragédia ou os “dramas sérios”, se beneficiou de ricas mudanças e adaptações ao longo da história, produzindo uma vasta tradição de subgêneros: comédia alta e baixa, burlesca, de caráter, de costumes, de capa e espada, heroica, lacrimosa... ou ainda: farsas, vaudevilles e mesmo tragicomédias. Por isso, serão aceitos artigos que abordem o gênero em sua constituição formal ou apropriado por outros modelos dramatúrgicos, do teatro épico brechtiano ao besteirol, ou artigos que busquem compreender a formação da comicidade nos textos teatrais diversos. A Aletria ainda recebe textos em fluxo contínuo, para a seção “Varia”, entrevistas e resenhas.

     

    Referências:

    ARISTÓTELES. Poética. Edição bilingue. Tradução, introdução e notas de Paulo Pinheiro. São Paulo: Ed. 34, 2015.

    MENDES, Cleise Furtado. A gargalhada de Ulisses: a catarse na comédia. São Paulo: Perspectiva/Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 2008.

     

     

     

    Saiba mais sobre CHAMADA ALETRIA - v. 35, n. 3 (jul. - set. 2025) Dossiê: A comédia, da formação clássica à modernidade
  • CHAMADA ALETRIA - v. 35, n. 2 (abr. - jun. 2025) Dossiê: James Joyce e Virginia Woolf: Experiências, limites e redefinições do modernismo

    2024-03-04

    Aletria: Revista de Estudos de Literatura

     

    Título do dossiê: James Joyce e Virginia Woolf: Experiências, limites e redefinições do modernismo.

    Organização: André Cabral de Almeida Cardoso (UFF), Daniel Reizinger Bonomo (UFMG), Júlia Braga Neves (UFRJ), Luciana Villas Bôas (UFRJ) e Thiago Rhys Bezerra Cass (USP).

    Previsão de publicação: abril/ 2025
    Prazo para submissão: 4 de setembro de 2024 

    Chamada: Virginia Woolf (1882-1941) e James Joyce (1882-1941) são nomes incontornáveis na história da ficção das primeiras décadas do século XX. A autoconsciência formal de seus romances e contos, marcados por inegável densidade retórica e deliberada exploração de novas possibilidades composicionais, parece simultaneamente determinar e satisfazer a correlação recorrente entre modernismo e o que se convencionou chamar de “estética da dificuldade” (Diepeveen, 2003; Hunter, 2012), investida em afrontar e subverter as práticas e os hábitos do “leitor comum” – para mobilizar uma categoria cara à própria Woolf –, ligados às convenções realistas do século XIX. Passados cerca de cem anos desde o reconhecimento inicial de suas obras, cumpre refletir sobre a validade de análises que vinculam a experimentação técnica ao modernismo e pressupõem a desorientação do público. Essa tradição interpretativa dos textos modernistas determina até hoje uma abordagem da obra de Woolf e Joyce que os associa à produção de efeitos de epifania, fluxos de consciência, instabilidades de foco narrativo e forma espacial (ver McGurl, 2011; Drewery, 2016). No entanto, a ficção de Woolf e Joyce também fornece elementos que convidam à reflexão sobre a historicidade da recepção dos textos, das práticas de leitura e da própria teoria literária. Ulysses (1922) e Jacob’s Room (1922), The Waves (1931) e Finnegans Wake (1939) interrogam os elementos constitutivos do romance como gênero. Embaralham as fronteiras entre os múltiplos subgêneros novelísticos. Salientam a materialidade do meio. Postulam a narrativa como forma de conhecimento. Dialogam com os condicionantes políticos e nacionais da tradição literária. Tematizam os impasses entre a dimensão local e a cosmopolita, num tecido polifônico e por vezes pluringuístico, que impõe imensos desafios à tradução. Assim, neste número da revista Aletria, serão bem-vindas contribuições que discutam a historicidade da própria experiência de leitura e, sobretudo, de releitura da ficção de Woolf e Joyce, propondo a redefinição ou até mesmo a redescoberta de abordagens que as obras dos dois autores, em todo o seu alcance, possam demandar ou interditar. Procura-se, assim, reavaliar as práticas de leitura em torno da obra dos dois escritores, para além daquelas já sedimentadas pela sua fortuna crítica, interrogando-as a partir de um novo contexto cultural e teórico. Artigos que contemplem aspectos temáticos e formais da obra, sua relação com diferentes gêneros literários, além da produção ensaística, correspondência e diário, são igualmente bem-vindos, assim como estudos comparativos entre Woolf e Joyce, ou destes com outros autores.

    Referências bibliográficas
    DIEPEVEEN, Leonard. The Difficulties of Modernism. Nova Iorque – Londres: Routledge, 2003.
    DREWERY, Claire. “The Modernist Short Story: Fractured Perspectives”. In: HEAD, Dominic (ed.). The Cambridge History of the English Short Story. Cambridge: Cambridge University Press, 2016, p. 135-151.
    HUNTER, Andrew. “The Short Story and the Difficulty of Modernism”. In: SACIDO, Jorge (ed.). Modernism, Postmodernism and the Short Story in English. Amsterdã – Nova Iorque: Rodopi, 2012, p. 29-46.
    McGURL, Mark. The Program Era: Postwar Fiction and the Rise of Creative Writing. Cambridge, MA: Harvard University Press, 2009.

    Saiba mais sobre CHAMADA ALETRIA - v. 35, n. 2 (abr. - jun. 2025) Dossiê: James Joyce e Virginia Woolf: Experiências, limites e redefinições do modernismo
  • Aletria corrige problema para envio de submissões ao dossiê " Natureza e violência"

    2022-05-03

    Recentemente, a Aletria: Revista de Estudos de Literatura foi notificada da impossibilidade de submeter artigos ao Dossiê: Natureza e violência, uma vez que esta opção não aparecia no processo de submissão.

    Informamos que o problema foi corrigido e já é possível enviar trabalhos ao dossiê.

    Lembramos ainda que o prazo para submissões se encerra em 15 de junho de 2022.

    Agradecemos a compreensão de todos.

    Saiba mais sobre Aletria corrige problema para envio de submissões ao dossiê " Natureza e violência"