Espectros de Baldwin
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.28.4.31-46Palavras-chave:
James Baldwin, Raoul Peck, racismo e violência, manipulação imagética e textualResumo
O artigo explora a potência crítica e narrativa do documentário I Am Not Your Negro (2016), do diretor haitiano Raoul Peck (1953-), resultante de uma pesquisa intensa do diretor nos arquivos pessoais do escritor e ensaísta afro-americano James Baldwin (1924-1987). Apontaremos de que modo Baldwin, através da manipulação imagética e textual proposta por Peck, ressuscita questões graves da história das tensões raciais nos Estados Unidos, que dividiram o país antes e após o início dos anos 1970, ou ainda, após a luta pelos direitos civis e a morte de seus três grandes amigos: Martin Luther King Jr., Medgar Evers e Malcolm X. Evidenciaremos como o documentário expõe um pano de fundo do passado que se confunde com imagens, narrativas, corpos e nomes do presente, ao destacar a importância das reflexões de Baldwin para a luta contra o racismo e a violência ainda impostos à população negra estadunidense na contemporaneidade.
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