Glossário em traduções literárias

Jorge Amado em italiano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.22000

Palavras-chave:

Jorge Amado, Itália, paratexto, glossário, ética na tradução

Resumo

Os glossários são pouco discutidos nos Estudos da Tradução embora sejam uma ferramenta valiosa, pois representam um poderoso instrumento para o leitor. No glossário, podemos ver como quem traduz negocia sentidos, tornando esse paratexto um importante espaço ético-decisional de criação de significados, além de poder estabelecer uma relação dialógica entre o texto/cultura de partida e o texto/cultura de chegada. Por isso, este artigo verifica como os glossários são tratados nas abordagens paratextuais, para apresentar a análise de um caso específico, isto é, os glossários das edições italianas de Suor e da edição “I Meridiani” Jorge Amado: Romanzi (2002), a partir das teorizações de Batchelor (2018), Genette (2009), Tahir-Gürçağlar (2002), Kovala (1996) e das teorias pós-coloniais da tradução presentes em Robinson (2014) e Tymoczko (2006).

Biografia do Autor

  • Andréia Guerini, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina / Brasil

    Professora do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras da Universidade Federal de Santa Catarina

  • Elena Manzato, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina / Brasil

    Doutoranda em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina, bolsista CAPES, em co-tutela com a Università Ca’ Foscari de Veneza.

Referências

AMADO, Jorge. Sudore. Tradução de Claudio M. Valentinetti. Milão: Mondadori, 1985.

AMADO, Jorge. Sudore. Tradução de Daniela Ferioli. Turim: Einaudi, 1999.

BAKER, Mona; SALDANHA, Gabriel (ed.). Routledge Encyclopedia of Translation Studies. 3th ed. Nova Iorque: Routledge, 2020. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315678627.

BATCHELOR, Kathryn. Paratexts and Translation. Nova Iorque: Routledge, 2018. DOI: https://doi.org/10.4324/9781351110112-3.

BERMAN, Antoine. A tradução e a letra ou o albergue do longínquo. Tradução de Marie-Hélène C. Torres, Mauri Furlan, Andréia Guerini. 2. ed. Tubarão: Copiart, 2013. Disponível em: http://ppget.posgrad.ufsc.br/biblioteca-da-pget/biblioteca-digital-2/. Acesso em: 12 jun. 2020.

BERMAN, Antoine. Pour une critique des traductions. Paris: Gallimard, 1995.

CALASANS, José. Os Jagunços de Canudos. Cahiers du Monde Hispanique et Luso-Brésilien, [S.l.], n. 15, p. 31-38, 1970. DOI: https://doi.org/10.3406/carav.1970.1772.

COLLO, Paolo. Jorge Amado: Romanzi. (I Meridiani, v. 1). Milão: Arnoldo Mondadori, 2002.

DAL PONT, Stella Rivello da Silva; GUERINI, Andreia. Itália e Brasil: paralelismo em tradução literária? Belas Infiéis, Brasília, v. 6, n. 2, p. 33-51, dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v6.n2.2017.11453. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/11453/10082. Acesso em: 1 maio 2020.

FINATTO, Maria José Bocorny; KRIEGER, Maria da Graça. Introdução à terminologia: teoria & prática. São Paulo: Contexto, 2004.

GENETTE, Gérard. Paratextos editoriais. Tradução de Álvaro Faleiros. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2009.

GLOSSÁRIO. In: DICIONÁRIO Caldas Aulete. Rio de Janeiro: Lexikon Editora Digital, 2020. Disponível em: http://www.aulete.com.br/glossario. Acesso em: 22 abril 2020.

KOVALA, Urpo. Translations, Paratextual Mediation, and Ideological Closure. Target, [S.l.], v. 8, n. 1, p. 119-147, 1996. DOI: https://doi.org/10.1075/target.8.1.07kov.

LINS, Wilson. O médio São Francisco. Bahia: Edições Oxumaré, 1952.

MACUMBA, In: VOCABOLARIO Treccani online. Roma: Istituto Treccani, 2020. Disponível em: http://www.treccani.it/enciclopedia/tag/macumba/. Acesso em: 1 maio 2020.

MEDEIROS, Vanise. Memória e singularidade no gesto do escritor-lexicógrafo. Confluência, Rio de Janeiro, n. 46, p. 143-156, 1. sem. 2014. DOI: https://doi.org/10.18364/rc.v1i46.13. Disponível em: http://llp.bibliopolis.info/confluencia/rc/index.php/rc/article/view/13/14. Acesso em: 12 jun. 2020.

MELLO, Giana M. G. Giani de; VOLLET, Neuza Lopes Ribeiro. A ética e o pós-colonialismo: uma prática de tradução. Alfa, São Paulo, n. 44, n.esp., p. 169-178, 2000. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4287. Acesso em: 22 abr. 2020.

OSIMO, Bruno. Storia della traduzione: riflessioni sul linguaggio traduttivo dall’antichità̀ ai contemporanei. Milão: Hoepli, 2002.

OXÓSSI, Pai Rodney de. Quem tem medo de macumba? Carta Capital, São Paulo, 25 maio 2018. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/quem-tem-medo-de-macumba/. Acesso em: 8 out. 2020.

ROBINSON, Douglas. Translation and Empire: Postcolonial Theories Explained. Nova Iorque: Routledge, 2014. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315760476.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letra, 2015.

TAHIR- GÜRÇAĞLAR, Şehnaz. What Texts Don’t Tell: The Uses of Paratexts in Translation Research. In: HERMANS, Theo (ed.). CrossCultural Transgressions. Manchester: St. Jerome Publishing, 2002, p. 44-60.

TORRES, Marie-Hélène C. Traduzir o Brasil literário: Paratexto e discurso de acompanhamento. Tradução de Marlova Aseff e Elenora Castelli. Tubarão: Copiart, 2011.

TYMOCZKO, Maria. Translation: Ethics, Ideology, Action. The Massachussets Review, Amherst. v. 47, n. 3, p. 442-461, set. 2006.

WATTS, Richard. Translating Culture: Reading the Paratetxs to Aimé Césaire’s Cahiers d’un retour au pays natal. TTR, Quebec, v. 13, i. 2, p. 29-45, set. 2000. DOI: https://doi.org/10.7202/037410ar.

Downloads

Publicado

2020-12-22

Edição

Seção

Dossiê – Ética na tradução literária

Como Citar

Glossário em traduções literárias: Jorge Amado em italiano. (2020). Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 30(4), 87-110. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.22000