A coralidade e o mundo das parthénoi na poesia mélica de Safo
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.4.85-111Palavras-chave:
Safo, poesia grega arcaica, mélica, coralidade, virgensResumo
O artigo estuda a coralidade da poesia mélica (ou lírica) de Safo (Lesbos, c. 630-580 a.C.), na Grécia arcaica (c. 800-480 a.C.), e sua relação com o universo das parthénoi – as virgens ou moças ainda não casadas –, um dos elementos mais característicos e nítidos em seu corpus de fragmentos preservados. Para tanto, parte de um dos mais recentes, a “Canção sobre a velhice”, publicada em 2005, que provocou a rediscussão da dimensão coral das canções de Safo, e da natureza do grupo feminino de parthénoi a ela associado. O objetivo é reavaliar a relação entre a poeta e sua comunidade, pensando seu papel como líder das jovens e a função da coralidade na vida das jovens.
Downloads
Referências
BRASETE, Maria Fernanda. Homoerotismo feminino na lírica grega arcaica. In: FIALHO, Maria do Céu et alii (org.). A sexualidade no mundo antigo. Coimbra: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos U. Coimbra, 2009. p. 289-303.
CALAME, Claude. Les choeurs de jeunes filles en Grèce archaïque. Rome: Ateneo & Bizarri, 1977. 2 v.
CLARK, Christina A. The Gendering of the Body in Alcman’s Partheneion 1. Helios, Lubbock, v. 23, n. 2, p. 143-172, 1996.
DAVIES, Malcom. (ed.). Poetarum melicorum Graecorum fragmenta. Oxford: Clarendon, 1991. v. 1.
FERRARI, Franco. Sappho’s Gift: The Poet and Her Community. Tradução de Benjamin Acosta-Hughes e Laura Prauscello. Ann Arbor: Michigan Classical Press, 2010.
GREENE, Ellen; SKINNER, Marilyn B. (ed.). The New Sappho on Old Age. Washington D.C.: Center for Hellenic Studies, 2009.
HERINGTON, John. Poetry into Drama: Early Tragedy and the Greek Poetic Tradition. Berkeley: University of California Press, 1985.
KATZ, Marylin A. The Divided World of Iliad VI. In: FOLEY, Helen P. (ed.). Reflections of Women in Antiquity. Philadelphia: Gordon and Breach, 1992. p. 19-44.
LADIANOU, Katerina. Female Choruses and Gardens of Nymphs: Visualizing Chorality in Sappho. In: CAZZATO, Vanessa; LARDINOIS, André (ed.). The Look of Lyric: Greek Song and the Visual. Leiden: Brill, 2016. p. 343-369. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004314849_015.
LARDINOIS, André. Subject and Circumstance in Sappho’s Poetry. Transactions of the American Philological Association, Baltimore, v. 124, p. 57-84, 1994. DOI: https://doi.org/10.2307/284286.
LEFKOWITZ, Mary. The Last Hours of the Parthenos. In: REEDER, Ellen D. (ed.). Pandora’s Box: Women in Classical Greece. Princeton: University Press, 1995. p. 32-39.
PEPONI, A. Sparta’s Prima Ballerina: Choreia in Alcman’s Second Partheneion (3 PMGF). Classical Quarterly, Cambridge (Inglaterra), v. 57, n. 2, p. 351-362, dez. 2007.
RAGUSA, Giuliana (org. e trad.). Lira grega: antologia de poesia arcaica. São Paulo: Hedra, 2013. DOI: https://doi.org/10.1017/S0009838807000444.
RAGUSA, Giuliana. (org. e trad.). Safo de Lesbos: hino a Afrodite e outros poemas. São Paulo: Hedra, 2011.
RAGUSA, Giuliana. Fragmentos de uma deusa: a representação de Afrodite na lírica de Safo. Campinas: Editora da Unicamp, 2005. [Apoio: Fapesp].
RAGUSA, Giuliana. Heitor e Andrômaca, da festa de bodas à celebração fúnebre: imagens épicas e líricas do casal na Ilíada e em Safo (Fr. 44 Voigt). Calíope, Rio de Janeiro, n. 15, p. 37-64, 2006.
RAGUSA, Giuliana. Lira, mito e erotismo: Afrodite na poesia mélica grega arcaica. Campinas: Editora da Unicamp, 2010. [Apoio: Fapesp].
RAGUSA, Giuliana. Memória, a terra prometida dos poetas: o tema na mélica grega arcaica. Forma Breve, Aveiro, n. 15, p. 143-152, 2018.
RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael. Paideia na ‘lírica’ grega arcaica: a poesia elegíaca e mélica. Revista Filosofia e Educação, Campinas, n. 9, p. 45-62, 2017. DOI: https://doi.org/10.20396/rfe.v9i1.8648422.
REEDER, Ellen D. Women and Men in Classical Greece. In: ______. (org.). Pandora’s Box: Women in Classical Greece. Princeton: University Press, 1995. p. 20-31.
SCODEL, Ruth. Self-Correction, Spontaneity, and Orality in Archaic Poetry. In: WORTHINGTON, Ian (org.). Voice into Text: Orality and Literacy in Ancient Greece. Leiden: Brill, 1996. p. 59-79. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004329836_005.
SEGAL, Phoebe C. The Paradox of Aphrodite. In: KONDOLEON, Christine; SEGAL, Phoebe C. (org.). Aphrodite and the Gods of Love. Boston: MFA Publications, 2011. p. 63-105.
SISSA, Giulia. Greek Virginity. Tradução de Arthur Goldhammer. Cambridge: Harvard University Press, 1990.
SKINNER, Marilyn B. Woman and Language in Archaic Greece, or, Why is Sappho a Woman? In: GREENE, Ellen (ed.). Reading Sappho: Contemporary Approaches. Berkeley: University of California Press, 1996. p. 175-192.
SWIFT, Laura. A. The Hidden Chorus: Echoes of Genre in Tragic Lyric. Oxford: University Press, 2010. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199577842.001.0001.
SWIFT, Laura. Visual Imagery in Parthenaic Song. In: CAZZATO, Vanessa; LARDINOIS, André (ed.). The Look of Lyric: Greek Song and the Visual. Leiden: Brill, 2016. p. 255-287. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004314849_012.
VESTRHEIM, Gjert. Alcman fr. 26: A Wish for Fame. Greek, Roman, and Bizantine Studies, Durham, v. 44, p. 5-18, 2004.
VOIGT, Eva-Maria (ed.). Sappho et Alcaeus: Fragmenta. Amsterdam: Athenaeum, Polak & Van Gennep, 1971.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Giuliana Ragusa (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).