Questões de leitura e de tradução em Double Oubli de l’Orang-Outang, de Hélène Cixous
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2023.41064Palavras-chave:
Hélène Cixous, Double Oubli de l’Orang-Outang, intraduzibilidade, leitor-tradutor, citação, neutroResumo
A partir da leitura da narrativa Double Oubli de l’Orang-Outang, de Hélène Cixous, este artigo reflete sobre três das principais características constitutivas de sua arquitetura ficcional, que, por sua vez, se configuram como a base estruturante de grande parte da obra da escritora. As três características a serem analisadas neste artigo são: a primeira, uma certa exigência da escrita cixousiana por um leitor-tradutor que seja a chave de sua transformação de livro em obra literária; a segunda, o fantasma de uma possível intraduzibilidade interpretativa que deriva tanto da particularidade do idioma ficcional cixousiano quanto de seu fluxo constante de citações diretas e indiretas de outros escritores; e a terceira, o rompimento das fronteiras entre o real e o ficcional que se direciona para o campo do neutro, tanto em termos de autoria quanto em termos do fazer literário.
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