O teatro na República de Weimar
tradução e apontamentos sobre Hoppla, estamos vivos!, de Ernst Toller
Palavras-chave:
Hoppla, estamos vivos!, Ernst Toller, teatro político, teatro épico-dialético, teatro alemão, teatro e sociedadeResumo
Resumo: A peça Hoppla, estamos vivos!, escrita por Ernst Toller e encenada por Erwin Piscator em 1927, é um dos capítulos fundamentais do teatro político. Escrita e encenada durante os assim chamados “anos dourados” (1924-1929) da República de Weimar, a peça faz um balanço crítico muito acurado das tensões e contradições que se projetam sobre 1927, sempre perspectivado a partir da revolução alemã, em 1919. Piscator não apenas encena, mas contribui com a dramaturgia, o que também ganha importância no seu contexto de produção. A peça conseguiu a proeza de ser mal avaliada pela esquerda (que a considerou derrotista), pela direita (que a apostrofou comunista) e dos críticos teatrais (que viram no abandono do expressionismo um suposto recuo estético). Nesse artigo, procuramos fazer alguns apontamentos sobre a peça (com o intuito de mostrar sua potência), bem como apresentamos uma parte da nossa tradução, que será publicada integralmente em breve.
Palavras-chave: Hoppla, estamos vivos!; Ernst Toller; teatro político; teatro épico-dialético; teatro alemão.
Abstract: The play Hoppla, We’re Alive!, written by Ernst Toller and first performed with the direction of Erwin Piscator in 1927, is a fundamental chapter of political theatre. Written and performed during the so-called “golden years” (1924-1929) of the Weimar Republic, the play makes a very accurate critical balance of the tensions and contradictions that are projected onto 1927, always seen from the perspective of the German revolution in 1919. Piscator not only directs but contributes with the dramaturgy, which also gains importance in its production context. Amazingly enough, the play succeeded in being badly evaluated by the left (who considered it defeatist), by the right (who branded it communist) and by theatre critics (who saw the abandonment of expressionism as a purported aesthetic step backwards). In this article, we try to make some considerations about the play in order to show its strength. We also present part of our translation of the play, to be published soon.
Keywords: Hoppla, We’re Alive!; Ernst Toller; political theatre; epic-dialectical theatre; German theatre.
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