O labirinto de imagens em “Viva mi fama”, de Carlos Fuentes
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.53354Palavras-chave:
Écfrase, “Viva mi fama”, Carlos Fuentes, literatura latino-americana, literatura e artes visuais, touradasResumo
Este artigo trata das representações textuais de imagens na novela “Viva mi fama” (1990), do escritor mexicano Carlos Fuentes, a partir do conceito de écfrase. Através da análise de trechos da obra, é demonstrado como as descrições de obras de arte – tanto reais quanto fictícias – do pintor Francisco de Goya são empregadas como elementos simbólicos e para a construção narrativa, de acordo com os parâmetros da écfrase propostos por Tamar Yacobi (1995). A inclusão da imagem fotográfica no tempo histórico de Goya na narrativa ficcional é analisada a partir da teoria de Vilém Flusser (2009), que associa a fotografia ao pensamento mágico, e relacionada ao universo simbólico da tradição espanhola das touradas, empregando aspectos da pesquisa de Mariate Cobaleda (2013).
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Referências
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