Eduardo Lourenço and Brazil in the 1960’s
Racism as Unthinking
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2025.57877Keywords:
Eduardo Lourenço, racism, colour, BrazilAbstract
For the Portuguese philosopher Eduardo Lourenço, the experience he had in Brazil, in Bahia, between 1958 and 1959, was decisive and unique. In fact, from the 1960s onwards, he dedicated several texts to interpreting aspects of Brazilian culture, society and its relations with Portugal. This article aims to reflect on the peculiar characterization of racism in Brazil, based on the primacy of the colour issue, in some of these texts written between 1961 and 1963. The philosopher’s critical reading, fed by literary incursions, is placed in dialogue with phases and developments in Brazilian thinking on racism.
Downloads
References
AKOTIRENE, Carla. O que é autodeclaração racial e como fazê-la? [s.l.] 20 maio 2024. Instagram: @carlaakotirene. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Carps6_Lm0A/?igsh=M3g5b2EzNGRwenRl. Acesso em: 15 mar. 2025.
BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan. Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo: ensaio sociológico sobre as origens, as manifestações e os efeitos do preconceito de cor no município de São Paulo. São Paulo: Editôra Anhembi, 1955.
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BIRMAN, Patrícia. Construção da negritude: notas preliminares, em cativeiro e liberdade. Rio de Janeiro: UERJ, 1989.
BOTO, Carlota; CRUZEIRO, Maria Manuela. O desafio de Eduardo Lourenço à cultura brasileira. Jornal da USP, São Paulo, v. 3, 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/artigos/o-desafio-de-eduardo-lourenco-a-cultura-brasileira/. Acesso em: 02 fev. 2024.
BUENO, Luís. Oropa, França, Bahia: regionalismo e provincianismo em Eduardo Lourenço. In: SILVESTRE, Osvaldo Manuel (org.). Eduardo Lourenço: um tempo brasileiro breve, mas duradouro. Guarda: Âncora Editora, 2024, p. 45-56.
CARDOSO, Fernando Henrique. Um livro perene. In: FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sobre o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2003. p. 19-28.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
COROSSACZ, Valeria Ribeiro. Razzismo, meticciato, democrazia razziale: le politiche della razza in Brasile. Soveria Mannelli: Rubettino, 2005.
DALCASTAGNÈ, Regina. A personagem do romance brasileiro contemporâneo: 1990-2004. Estudos de literatura brasileira contemporânea, [s. l.], n. 26, p. 13-71, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9077. Acesso em: 15 fev. 2025.
DALCASTAGNÈ, Regina. Entre silêncios e estereótipos: relações raciais na literatura brasileira contemporânea. Estudos de literatura brasileira contemporânea, [s. l.], n. 31, p. 87-110, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9434. Acesso em: 15 fev. 2025.
DALCASTAGNÈ, Regina. A cor de uma ausência: representações do negro no romance brasileiro contemporâneo. Afro-Hispanic Review, v. 29, n. 2, p. 97-108, 2010. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/41349343. Acesso em: 10 jan. 2025.
DEVULSKY, Alessandra. Colorismo. São Paulo: Editora Jandaira, 2021.
DUARTE, Eduardo de Assis. O negro na literatura brasileira. Navegações, v. 6, n. 2, p. 146-153, 2004.
DZIDZIYENO, Anani. The Position of Blacks in Brazilian Society. London: Minority Rights Group, 1971.
FILHO, Domício Proença. A trajetória do negro na literatura brasileira. Estudos avançados, v. 18, n. 50, p. 161-193, 2004.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje – ANPOCS, Brasília, v. 2, p. 223-245, 1983.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Racismo e antirracismo no Brasil. Novos Estudos, n. 43, p. 26-44, 1995.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Preconceito de cor e racismo no Brasil, Revista de Antropologia, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 9-43, 2004.
LOURENÇO, Eduardo. A miragem brasileira. Entrevistador: Rui Moreira Leite. Revista Mineira de Letras, Belo Horizonte, n. 171, p. 296, maio/ ago. 2009. Disponível em: https://www.eduardolourenco.com/biografia/1958-Brasil.html. Acesso em: 26 jan. 2025.
LOURENÇO, Eduardo. Carta para Camila. In: LOURENÇO, Eduardo. Tempo brasileiro: fascínio e miragem. Obras Completas IV. Coordenação, introdução e notícias biobibliográficas de Maria de Lourdes Soares. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2018a. p. 313-317.
LOURENÇO, Eduardo. A propósito de Freyre (Gilberto). In: LOURENÇO, Eduardo. Tempo brasileiro: fascínio e miragem. Obras Completas IV. Coordenação, introdução e notícias biobibliográficas de Maria de Lourdes Soares. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2018b. p. 349-354.
LOURENÇO, Eduardo. Racismo e colonização I. In: LOURENÇO, Eduardo. Tempo brasileiro: fascínio e miragem. Obras Completas IV. Coordenação, introdução e notícias biobibliográficas de Maria de Lourdes Soares. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2018c. p. 355-359.
LOURENÇO, Eduardo. Racismo e colonização II. In: LOURENÇO, Eduardo. Tempo brasileiro: fascínio e miragem. Obras Completas IV. Coordenação, introdução e notícias biobibliográficas de Maria de Lourdes Soares. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2018d. p. 359.
LOURENÇO, Eduardo. O Brasil e a África ou a ilusão materna dos portugueses. In: LOURENÇO, Eduardo. Tempo brasileiro: fascínio e miragem. Obras Completas IV. Coordenação, introdução e notícias biobibliográficas de Maria de Lourdes Soares. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2018e. p. 366-369.
LOURENÇO, Eduardo. Do colonialismo como nosso impensado. Lisboa: Gradiva, 2024.
LIMA, João Thiago. Falar sempre de outra coisa. Ensaios sobre Eduardo Lourenço. Guarda: Âncora, 2013.
LIPSCHÜTZ, Alejandro. El indoamericanismo y el problema racial en las Américas. Santiago: Nascimento, 1944.
NASCIMENTO, Beatriz. Por uma história do homem negro. In: RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006. p. 93-97.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. São Paulo: Perspectiva, 2019.
RIBEIRO, Margarida Calafate; VECCHI, Roberto. Eduardo Lourenço: uma geopolítica do pensamento. Porto: Edições Afrontamento, 2023.
SOUZA, Jessé. A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: Leya, 2015.
RUSSO, Vincenzo. Eduardo Lourenço e le mitologie culturali luso-brasiliane in contrappunto. Rivista di Studi Portoghesi e Brasiliani, v. XXV, p. 9-23, 2023. DOI: https://dx.doi.org/10.19272/202302701001. Acesso em: 15 fev. 2025.
VALLE, Camila do. Duas entrevistas inéditas de Eduardo Lourenço. Iberografias, n. 14, p. 183-188, 2018.
VALLE, Camila do. Diante da morte de um corpo – uma tentativa de obituário. Disponivel em: http://novacartografiasocial.com.br/diante-da-morte-de-um-corpo-uma-tentativa-de-obituario/. Acesso em: 5 fev. 2023.
VECCHI, Roberto. Eduardo Lourenço, o Brasil e a construção do tempo português. In: SILVESTRE, Osvaldo Manuel (org.). Eduardo Lourenço: um tempo brasileiro breve, mas duradouro. Guarda: Âncora Editora, 2024. p. 25-32.
VECCHI, Roberto. Eduardo Lourenço, a casa perdida e o Brasil: uma outra semântica do tempo histórico. Iberografias, v. 19, p. 245-252, 2023.
VIEIRA, Padre Antonio. Sermões. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2013.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Alessia Di Eugenio (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).