O Rosto do Amor
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.9..98-105Abstract
Sabemos que o rosto é um grande ícone da identidade, portanto o estabelecimento de seus traços corresponde, em maior ou menor grau, à configuração tanto de uma subjetividade quanto dos vínculos de pertencimento desse sujeito a uma cultura, uma comunidade. Se a literatura é um modo de cunhar – ou mesmo inventar – esse rosto, há, contudo, obras que, como a de Marguerite Duras, parecem trabalhar num movimento diverso, fazendo o rosto emergir como outro, impedindo a cristalização de sua identidade, atravessando-a constantemente com o estrangeiro, o desconhecimento, o amor à diferença como possibilidade de criação.Downloads
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