O outro “otro” de Borges: o perigoso historiador-crítico lê Facundo na “unánime noche”
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.25.1.83-112Palabras clave:
Jorge Luis Borges, Domingo F. Sarmiento, noite, utopia, romantismoResumen
Tentaremos mostrar nesse artigo, que na “unánime noche” de Borges, as Luzes que se abrem ao raiar do dia não devem ser descartadas, e funcionam como relevantes documentos para o historiador-crítico borgeano. Aliás, são nelas que os pesadelos mais sombrios da escuridão transformam-se em artes e práticas cotidianas, para o bem ou para o mal. Se os anos 1960 e 1970 continuam os sonhos de Sarmiento, como no prólogo de Borges a Facundo; os vazios da calada da noite podem revelar encontros dos mais incompatíveis. O jovem revolucionário, leitor de Marx, Engels e Evita, por exemplo, sabe que a leitura da obra de Borges, proibida, pode ser mais prazerosa do que imagina; e a literatura de Borges, como disse David Viñas, sabe muito bem que não é nada inocente (como qualquer outra), em sua leitura do mundo. Assim, reciprocamente, no exílio à “unánime noche”, elas almejam ir ao encontro da utopia revolucionária do outro “otro”. Sonho ou realidade?
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