A ressaca pós-industrial e o Laddism em Trainspotting
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.25.3.49-65Palabras clave:
Irvine Welsh, literatura escocesa contemporânea, laddism, drogasResumen
O artigo discute o impacto do cenário político e social das últimas décadas do século XX na produção literária escocesa, tendo como objeto de análise o romance Trainspotting (1993), de Irvine Welsh. Argumenta-se que o vácuo existencial potencializado pelo abuso de drogas não constitui o tema central da obra e que, na verdade, o livro problematiza o sentimento de letargia de uma geração desiludida com o modelo econômico da sociedade pós-industrial do fim do século XX. As drogas e a consequente inércia dos personagens de Trainspotting são representadas por Welsh como elementos de subversão em oposição ao modelo de sociedade profundamente consumista. Ademais, o desemprego massivo acaba criando novas relações sociais entre os homens e as mulheres, o que gera uma forte onda de afirmação que perpassa o machismo, o laddism.
Referencias
AB’SABER, Tales A. M. A música do tempo infinito. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
FISHER, Mark. Capitalist realism: is there no alternative? Winchester; Washington: Zero Books, 2009.
FISHER, Mark. Ghosts of my life: writings on depression, hauntology and lost futures. Winchester; Washington: Zero Books, 2014.
MORACE, Robert. Trainspotting: a reader’s guide. New York: The Continuum International Publishing Group, 2001.
MORETTI, Franco. A literatura vista de longe. Trad. Anselmo Pessoa Neto. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2008.
OXFORD Dictionary. Oxford University Press, 2008. Disponível em: http://www.askoxford.com/concise_oed/trainspotter?view=uk. Acesso em: 27 set. 2015.
PECKHAM, Aaron. Urban Dictionary. USA, 2007. Disponível em: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=trainspotting. Acesso em: 27 set. 2015.
POP, Iggy. Neon Forest. In: Brick by brick. Londres: Virgin Records. 54’09’’. 1 CD.
SANTAELLA, Lucia. Corpo e comunicação: sintoma da cultura. São Paulo: Paulus, 2004.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Trad. Rita Correia Guedes. Tradução de SARTRE, Jean-Paul. L’Existentialisme est un humanisme. Paris: Les Éditions Nagel, 1970. Disponível em: http://stoa.usp.br/alexccarneiro/files/-1/4529/sartre_exitencialismo_humanismo.pdf. Acesso em: 27 set. 2015.
SLOTERDIJK, Peter. Se a Europa despertar. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
SMITH, Murray. Trainspotting. London: British Film Institute, 2002.
WELSH, Irvine. Trainspotting. New York: Norton, 1996.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Fabiane Lazzaris, Lauro Iglesias Quadrado (Autor)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).