As geografias do vento em Ton beau capitaine, de Simone Schwarz-Bart
Palabras clave:
Simone Schwarz-Bart, Ton beau capitaine, teatro antilhano, diásporaResumen
Resumo: Escrita e encenada em 1987 durante o Troisièmes Rencontres Caribéennes de Théâtre en Guadeloupe, Ton beau capitaine, de Simone Schwarz-Bart, encena o drama de Wilnor, imigrante haitiano que deixa sua terra natal em busca de uma vida melhor para si e para os seus. Trabalhador precarizado em Guadaloupe, o personagem faz parte dessa “estranha conferência de poetas e de grandes seres humanos” cantados por Patrick Chamoiseau (2017) em Frères migrants. E é por meio do que Paul Gilroy (2012) nomeia como próprio de uma “cultura expressiva” em oposição à tradição iluminista, que separaria arte e vida, que o drama de Wilnor exige do próprio corpo do ator que escreva em gesto e dança o destino de seus frères. O objetivo dessa comunicação é refletir sobre o modo como Schwarz-Bart constrói uma poética cênica em que ausência e presença, segredo e revelação movimentam com delicada violência essas “geografias do vento” ao mesmo tempo constituídas por e constitutivas dos processos de migração de que Chamoiseau nos fala em seu livro.
Palavras-chave: Simone Schwarz-Bart; Ton beau capitaine; teatro antilhano; diáspora.
Abstract: Written and staged in 1987 during the Troisièmes Rencontres Caribéennes de Théâtre in Guadeloupe, Ton beau capitaine, a Simone Schwarz-Bart’s play, stages the drama of Wilnor, a Haitian immigrant who leaves his homeland in search of a better life for himself and his family. A precarious worker in Guadaloupe, this character is part of this “strange conference of poets and great human beings” sung by Patrick Chamoiseau (2017) in Frères migrants. And it is through what Paul Gilroy (2012) names as characteristic of an “expressive culture” in opposition to the Enlightenment tradition that would separate art and life that Wilnor’s drama requires the actor’s own body to write in gesture and dance the destiny of your brothers. The objective of this communication is to reflect on the way in which Schwarz-Bart builds a scenic poetics in which absence and presence, secret and revelation move with delicate violence these “geographies of the wind” at the same time constituted by and constitutive of the migration processes that Chamoiseau tells us in his book.
Keywords: Simone Schwarz-Bart; Ton beau capitaine; Antillean theater; diaspora.
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