Patriotas, embriagados e outros românticos
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.37954Palabras clave:
romantismo brasileiro, nacionalismo, historicismo literárioResumen
A literatura produzida no Brasil entre 1836 e 1860 não necessariamente configura gerações distintas, mas ecoa a complexidade contraditória do moderno sistema de produção de mercadorias. O artigo coteja as diferenças e a padronização de critérios com que o historicismo literário de Sílvio Romero e José Verísimo estabelece fases para o romantismo brasileiro. Nesta ótica, a obra de Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Manuel Antônio de Almeida, Sousândrade, entre outras, participa de um mesmo tempo artístico contraditório e divergente. A modificação nesse contexto ocorre a partir de fins de 1860 com a crise econômica e política do país, a campanha abolicionista e republicana e a voga do positivismo, convivendo com o momento de produção da obra de Castro Alves e dos últimos romances de José de Alencar.
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