The Tragic Intersectionality in Úrsula (1859), by Maria Firmina dos Reis

A Study of the Character Mother Susana

Authors

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51859

Keywords:

Intersectionality, Maria Firmina dos Reis, Slavery, Tragic

Abstract

This article aims to apply the concept of intersectionality, intertwined with the notion of the tragic, as proposed by Terry Eagleton (2013), in the analysis of the character Mother Susana from Firminiano’s novel Úrsula (1859). Through this character, the study explores the convergence of multiple intersecting dimensions of social oppression, including gender, race, violence, deprivation of freedom, usurpation of identity, and belonging. Slavery in nineteenth-century Brazil constituted a national tragedy and a disgrace sanctioned by both the government and the patriarchal society of the time. Drawing on the works of Patricia Hill Collins and Sirma Bilge (2021), bell hooks (2019), and Eduardo Duarte (2018), this research conducts a critical analysis of this significant piece of Brazilian literature, with a specific focus on the enslaved character mentioned. The methodology employed for this study is based on a comprehensive literature review to provide a solid foundation for the proposed approach.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Joyce Pereira Vieira, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Juiz de Fora | MG | BR

    Doutoranda em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mestra em Letras: Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Atualmente é professora de educação básica (PEB – Língua Portuguesa) no âmbito da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). Os trabalhos realizados contam com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES).

  • Nícea Helena de Almeida Nogueira, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) | Juiz de Fora | MG | BR

    Professora Associada da Faculdade de Letras da UFJF. Doutora e Mestre em Letras: Teoria da Literatura pela UNESP - São José do Rio Preto, SP. Pós-doutora em Memória e Acervos pela Fundação Casa de Rui Barbosa, RJ. Pós-doutora em Literaturas de Língua Inglesa no PPG Letras da UERJ. Líder do Grupo de Pesquisa "Travessias e Feminismo(s): estudos identitários de autoria feminina" e pesquisadora do Grupo "KEW - Kyklos de Estudos Woolfianos".

References

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Paulo Pinheiro. 2. ed. São Paulo: 34, 2017.

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 53. ed. São Paulo: Cultrix, 2021.

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Tradução de Rane Souza. São Paulo: Boitempo, 2021.

CRENSHAW, Kimberlé. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, p. 7-16, 2002. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4253342/mod_resource/content/1/IntersecionalidadeNaDiscriminacaoDeRacaEGenero_KimberleCrenshaw.pdf. Acesso em: 12 nov 2023

DUARTE, Eduardo de Assis. Escravidão e patriarcado na ficção de Maria Firmina dos Reis. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 59, p. 223-236, 2018a. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/28876. Acesso em: 18 jan. 2024.

DUARTE, Eduardo de Assis. Maria Firmina dos Reis e os primórdios da ficção afro-brasileira. Literafro – portal da literatura afro-brasileira. Universidade Federal de Minas Gerais, [20--?]. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/29-critica-de-autores-feminios/317-maria-firmina-dos-reis-e-os-primordios-da-ficcao-afro-brasileira-critica. Acesso em: 12 jan. 2024.

DUARTE, Eduardo de Assis. Úrsula e a desconstrução da razão negra ocidental. In: DUARTE, Constância Lima et al (Org.). Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Rio de Janeiro: Malê, 2018b. p. 51-79.

EAGLETON, Terry. Doce violência: a ideia do trágico. Tradução de Alzira Allegro. São Paulo: Unesp, 2013.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

GIACOMINI, Sonia Maria. Mulher e escrava: uma introdução histórica ao estudo da mulher negra no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1988.

GOMES, Agenor. Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil. São Luís: AML, 2022.

HOOKS, bell. E eu não sou uma mulher? Tradução de Bhuvi Libanio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019. E-book.

MORAIS FILHO, José Nascimento. Maria Firmina, fragmentos de uma vida. São Luiz: COCSN, 1975.

MUZART, Zahidé Lupinacci. Uma pioneira: Maria Firmina dos Reis. In: DUARTE, Constância Lima et al (Org.). Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Rio de Janeiro: Malê, 2018. p. 21-37.

NASCIMENTO, Juliano Carrupt do. A construção do negro no romance Úrsula. In: DUARTE, Constância Lima et al (Org.). Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Rio de Janeiro: Malê, 2018. p. 129-141.

REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Rio de Janeiro: Malê, 2022.

STEINER, George. A morte da tragédia. Tradução de Isa Kopelman. São Paulo: Perspectiva, 2006.

Published

2024-11-25

How to Cite

Pereira Vieira, J., & Helena de Almeida Nogueira, N. (2024). The Tragic Intersectionality in Úrsula (1859), by Maria Firmina dos Reis: A Study of the Character Mother Susana. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 34(4), 221–235. https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51859