Textos móveis, exercícios do pensamento
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.22.3.215-227Palavras-chave:
mobilidade textual, Italo Calvino, Jorge Luis BorgesResumo
O presente artigo procura refletir sobre as diversas mobilidades que caracterizam o texto literário contemporâneo, tomando como objeto as obras de Jorge Luis Borges e Italo Calvino. Isso porque, ao constituir projetos literários híbridos, os dois autores questionam os lugares da ficção e da teoria, deslocando e espessando suas fronteiras originárias.
Downloads
Referências
ACHUGAR, Hugo. Planetas sem boca: escritos efêmeros sobre arte, cultura e literatura. Trad. Lyslei Nascimento. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006.
ADORNO, Theodor W. O ensaio como forma. In: ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades/Ed. 34, 2006. p. 15-45.
AZÚA, Carlos Real de. Introducción y advertência. In: AZÚA, Carlos Real de. Antologia del ensayo uruguayo contemporáneo. Montevideo: Departamento de Publicaciones de la Universidad de la República, 1964. Tomo I. p. 11-59. Disponível em: http://www.archivodeprensa. edu.uy/carlos_real_de_azua/textos/bibliografia/antologiadelensayo.pdf. Acesso em: 3 maio 2009.
BEHAR, Lisa Block de. A invenção teórica do discurso crítico latino-americano. In: MARQUES, Reinaldo; BITTENCOURT, Gilda Neves (Org.). Limiares críticos: ensaios de literatura comparada. Trad. Marcos Antônio Alexandre e Denise Araújo Pedron. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. p. 11-26.
BHABHA, Homi K. O compromisso com a teoria. In: BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007. p. 43-69.
BORGES, Jorge Luis. O credo de um poeta. In: BORGES, Jorge Luis. Esse ofício do verso. Trad. José Marcos Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007a. p. 102-126.
BORGES, Jorge Luis. O idioma analítico de John Wilkins. In: BORGES, Jorge Luis. Outras inquisições. Trad. Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 2007b. p. 121-126.
BORGES, Jorge Luis. Pierre Menard, autor do Quixote. In: BORGES, Jorge Luis. Ficções. Trad. Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 2007c. p. 34-45.
BORGES, Jorge Luis; FERRARI, Osvaldo. Sobre a filosofia e outros diálogos. Org. e trad. John O’Kuinghttons. São Paulo: Hedra, 2009.
CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. Trad. Ivo Barroso. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995a.
CALVINO, Italo. O mundo é uma alcachofra. In: CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1995b. p. 205-207.
CALVINO, Italo. Jorge Luis Borges. In: CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Trad. Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1995c. p. 246-253.
CALVINO, Italo. A palavra escrita e a não escrita. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 139-147.
CALVINO, Italo. O miolo do leão. In: CALVINO, Italo. Assunto encerrado: discurso sobre literatura e sociedade. Trad. Roberta Barni. São Paulo: Companhia das Letras, 2009a. p. 9-26.
CALVINO, Italo. Para quem se escreve? (A prateleira hipotética). In: CALVINO, Italo. Assunto encerrado: discurso sobre literatura e sociedade. Trad. Roberta Barni. São Paulo: Companhia das Letras, 2009b. p. 190-195.
CHAVES, Maria Lúcia de Resende. Que história aguarda, lá embaixo, seu fim?... Uma leitura de Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino. Belo Horizonte: Ed. UFMG/POSLIT, 2001.
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma Tannus Muchail. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GIORDANO, Alberto. Modos del ensayo: de Borges a Piglia. Rosario: Beatriz Viterbo, 2005.
KLEIN, Adriana Iozzi. Calvino ensaísta. 2004. 184 f. Tese (Doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Trad. Ricardo Corrêa Barbosa. 10. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
MACIEL, Maria Esther. O texto em movimento: notas sobre a escrita ensaística de Octavio Paz. Mnemozine, n. 2, jul. 2005. Disponível em: http://www.cronopios.com.br/ mnemozine2/home.html. Acesso em: 5 maio 2009.
MIRANDA, Wander Melo. Italo Calvino ou a ficção como ensaio. In: CONGRESSO ABRALIC, 2, 1991. Anais... Belo Horizonte: ABRALIC, 1991. v. 1, p. 535-541.
OVIEDO, José Miguel. Borges: el ensayo como argumento imaginario. 2003. Disponível em: http://www.accessmylibrary.com/coms2/summary_0286-32426651_ITM. Acesso em: 25 mar. 2009.
SANTIAGO, Silviano. Uma literatura anfíbia. In: SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre: crítica literária e crítica cultural. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008. p. 64-73.
SOUZA, Eneida Maria de. Saberes narrativos. Scripta, Belo Horizonte, v. 7, n. 14, p. 56- 66, jan-jun. 2004.
STAROBINSKI, Jean. ¿És posible definir el ensayo? Cuadernos Hispanoamericanos, n. 575, p. 31-40, maio 1998. Disponível em: http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/08144163400869462975635/209767_0009.pdf. Acesso em: 5 maio 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Maria Elisa Rodrigues Moreira (Autor)
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).