Rãs: a mimesis de Dioniso
DOI:
https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.1.127-139Palavras-chave:
Aristófanes, Rãs, mimesis, teatro, comédia, tragédiaResumo
A leitura das peças do comediógrafo Aristófanes (c.450-385 a.C.) permite identificar um assunto recorrente: o fazer teatral e seus elementos. Em Rãs representa-se uma viagem protagonizada por Dioniso, deus do teatro, preocupado com os ditames e os caminhos de sua arte e empenhado em resgatar a glória da tragédia. Para tanto, demarcada por duas fases no enredo e na estrutura da peça, o personagem encena seu caráter hibrido e as possibilidades de transformação que refletem elementos da composição teatral. A partir disso, focalizaremos, para este estudo, o modo de apresentação desse repertório, destacando a correlação entre a estrutura e o conteúdo deste texto teatral, salientando a composição estética do autor e da obra, através desse personagem que é o fio condutor e mote da peça, entendida como objeto estético, cênico e metateatral.
Downloads
Referências
ARISTÓFANES. As rãs. Tradução, introdução e notas de Trajano Vieira. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
ARISTÓFANES. Rãs. Tradução, introdução e comentários de Maria de Fátima Silva. Coimbra: IUC; São Paulo: Annablume, 2014.
EURÍPEDES. Helena. Tradução de Alessandra Cristina Jonas Neves Oliveira. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015. Doi: http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-1047-4. Disponível em: https://classicadigitalia.uc.pt/en/livro/helena. Acesso em: 20 jun. 2017.
GARCIA LÓPEZ, José. Los dos prólogos de Ranas de Aristófanes. In: LOPES FÉREZ. J. (ed.). De Homero a Libanio. Madrid: Ediciones Clásicas, 2005. p. 213-224.
GRIFFITH, Mark. Aristophanes’ Frogs. Oxford; New York: Oxford University Press, 2013.
MACDOWELL, Douglas. Aristophanes and Athens. Oxford; New York: Oxford University Press, 1995.
MOSTAÇO, Edelcio. Teatro, o ato e o fato estético. In: MOSTAÇO, Edelcio. Incursões e excursões. São Paulo: Pequeno Gesto, 2018. p.83-99.
ROSADO FERNANDES, Rául Miguel. Catábase ou descida aos infernos alguns exemplos literários. Humanitas, Coimbra, n. XLV, p. 347-359, 1993. Disponível em: https://www.uc.pt/fluc/eclassicos/publicacoes/ficheiros/humanitas45/19_Rosado_Fernandes.pdf. Acesso em: 14 out. 2017.
RUSSO, Carlo F. Aristophanes: An Author for the Stage. London; New York: Routledge, 1994.
SIFAKIS, Gregory Michel. Parabasis and Animal Choruses. London: Athlone Press, 1971.
SILVA, Maria de Fátima S. Crítica do teatro da comédia antiga. Coimbra: INIC, 1987.
SILVA, Maria de Fátima S. Ensaios sobre Aristófanes. Lisboa: Cotovia, 2007.
SILVA, Maria de Fátima S. Ensaios sobre Eurípides. Lisboa: Cotovia, 2005.
SLATER, Niall W. Spectator Politics: Metatheatre and Performance in Aristophanes. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2002.
VERNANT, Jean-Pierre. Um teatro da cidade. In: VERNANT, Jean-Pierre. Entre mito & política. Tradução de Cristina Murachco. São Paulo: Edusp, 2001. p. 347-357.
WRIGHT, Matthew. Euripides’ escape-tragedies: a study of Helen, Andromeda, and Iphigenia among the Taurians. Oxford University Press, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Elisana De Carli (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).