Davi Kopenawa
cosmopolitismo, identidades e natureza
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2023.40143Palavras-chave:
Natureza, Floresta;, Urihi;, Colonialidade, Cosmopolitismo, IdentidadeResumo
Este trabalho visa explicar como a obra A queda do céu, do xamã Yanomami Davi Kopenawa e do antropólogo francês Bruce Albert, faz emergir outra perspectiva da discussão sobre a dicotomia estruturante do pensamento colonial entre Natureza e Cultura. Essa outra perspectiva modifica o quadro mistificador de uma ideia da natureza como noção homogênea, em si, essencialista, e permite um pensamento que desconfigura a dicotomia de uma política desconectada, oposta e inimiga da natureza. Em A queda do céu, a natureza é constitutiva da própria visão cósmica do político. Surge, assim, outra perspectiva da relação com o outro, e outra noção da identidade (humana) e da identidade da natureza que aparecem dentro de uma cosmopolítica que resiste às imposições jurídico-políticas e à subjetividade colonial.
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Referências
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